Líderes
tucanos defenderam ontem (04/04) o presidente Michel Temer, no dia em que o Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) suspendeu o início do julgamento da chapa na qual o
peemedebista disputou junto de Dilma Rousseff a eleição de 2014. A ação na
corte eleitoral foi aberta naquele mesmo ano por um pedido do PSDB.
O
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse que seu partido "não tinha
alternativa" em 2014 a não ser propor a ação de cassação da chapa
Dilma-Temer por conta de abuso de poder econômico na campanha eleitoral daquele
ano.
"Na
época o PSDB não tinha muita alternativa, porque parecia que havia e, como está
se vendo, houve abuso do poder econômico", disse FHC ontem, em uma conferência
na Academia Brasileira de Letras (ABL), no Rio. "Agora, a interpretação se
pega os dois (Dilma e Temer) ou não, se é suficiente ou não, isso não cabe aos
observadores nem aos políticos julgar."
Na
última segunda-feira, 3, o ex-presidente havia dito que uma eventual cassação
de Temer pelo TSE e uma eleição indireta geraria "confusão", piorando
o já tumultuado cenário político no País. Na ABL, ele não comentou o adiamento
do julgamento pelo TSE. "Não sou jurista, não entendo dessas peculiaridades
do processo. Se adiaram, têm alguma base para isso."
Para
especialistas o adiamento do julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE),
que pode cassar a chapa Dilma-Temer, significou uma vitória para o Palácio do
Planalto.
Com
a decisão de ontem, tomada pela maioria dos ministros da Corte Eleitoral,
Michel Temer (PMDB) não apenas ganha tempo, mas se livra do desgaste que
representariam a leitura do relatório de Herman Benjamin e a antecipação de
votos de dois ministros que deixam o tribunal nos próximos meses.
Temer
fica mais à vontade, assim, para aprovar as reformas trabalhista e da
Previdência e tentar alavancar a economia. Na prática, o processo volta à fase
de instrução, estágio no qual as defesas podem pedir ao relator Herman
Benjamin, que sejam tomadas novas providências para a produção de provas.
Com
o entendimento de que o julgamento deveria ser adiado para ouvir mais
testemunhas e garantir mais prazo para a defesa, Benjamin nem chegou a ler o
relatório que, ao que tudo indica, deve pedir a condenação da chapa.
A
simples leitura geraria desgaste para um governo que já patina na popularidade.
Com
informações O Povo Online
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