Em Fortaleza, manifestantes ocuparam ruas do Centro contra medidas do governo Temer (Foto: Aurélio Alves) |
De
pequenos atos de professores a passeatas com milhares de pessoas, foram
registradas manifestações em pelo menos 16 capitais brasileiras e no Distrito
Federal. Os protestos eram contra a reforma da Previdência, trabalhista e lei
das terceirizações, sancionada na noite de ontem, após dispersão da maior parte
dos manifestantes.
Em
Fortaleza, carros de som e caminhantes ocuparam as ruas do Centro da Cidade,
das 15h às 18 horas, em circuito que saiu da Praça Clóvis Beviláqua (da
Bandeira) à Praça do Ferreira. Parlamentares do PT estiverem discursaram nos
carros de som, como José Guimarães e Luizianne Lins.
“Isso
é só o esquenta para greve geral em 28 de abril. Com certeza, até lá teremos
panfletagem e talvez outros atos. Também vamos reunir os trabalhadores no 1º de
maio”, disse o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) do Ceará,
Will Pereira.
Um
grupo de comerciários que preferiu não se identificar apoiou o movimento no
Centro. “Melhor não dar o nome para não entrar nessa estatística dos
desempregados. Mas devia ter isso era todo dia. Está ruim demais”, disse um
deles.
Houve
bloqueio do trânsito na região. Em outras cidades do Ceará, foram realizados
atos com proporções menores. Segundo os organizadores, trabalhadores dos
municípios de Tianguá Jaguaribara, Quixadá, Sao Gonçalo do Amarante, Nova
Olinda, Crateús, Poranga, Itapipoca, Piquet Carneiro, Nova Russas, Maracanaú e
Caucaia. Os atos foram coordenados pelas frentes Brasil Popular, ligada ao PT e
PCdoB, e Povo Sem Medo, próxima ao Psol. Juntas, elas reúnem mais de 60
entidades, movimentos sociais e sindicatos.
Em
São Paulo, manifestantes ocuparam a Avenida Paulista. O ato teve início por
volta das 14 horas, no vão livre do Masp, onde os professores estaduais
decidiram suspender a greve, em assembleia. Ônibus levaram protestantes de
cidades do Interior para a Capital no início da tarde.
Na
Bahia, representantes de diversas categorias e movimentos sociais se
encontraram no bairro central de Nazaré. em Salvador, pela manhã. Para a médica
Mônica Angelim, do movimento Médicos pela Democracia, a terceirização e a
reforma da Previdência são “medidas retrógradas, que ameaçam os direitos dos
trabalhadores”.
O
ato em Recife, Pernambuco, também defendeu a convocação de eleições diretas
para a Presidência da República. Com placas, os manifestantes criticaram
parlamentares que votaram a favor da lei da terceirização. Um grupo teatral fez
uma performance vestidos de zumbis e caveiras.
No
Rio, os manifestantes se concentraram, às 15h, na Igreja da Candelária e saíram
em passeata, às 18h, pela Avenida Rio Branco, até a Cinelândia. O grupo seguiu
até as escadarias da Câmara Municipal, quando o caminhão estacionou e deu
seguimento ao ato.
Com
informações O Povo Online
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