Parlamentares
da oposição protocolaram uma representação contra o deputado Jair Bolsonaro
(PSC-RJ) sob a acusação de ter praticado crime de racismo durante uma palestra
realizada na última segunda-feira (03/04) no Clube Hebraica, na zona sul do
Rio,.
Na
ocasião, o parlamentar fez afirmações preconceituosas e jocosas sobre negros,
indígenas, mulheres, gays, refugiados e integrantes de ONGs.
Na
peça, os petistas afirmam que, durante a palestra, Bolsonaro disse que tinha
ido a um quilombo e que o “afrodescendente mais leve lá pesava sete arrobas”.
“Não fazem nada. Eu acho que nem para procriador ele serve mais.”
O
deputado teria dito ainda que o governo gastava mais de R$ 1 bilhão por ano com
os quilombos e que, se ele fosse eleito presidente da República, não iria “ter
nenhum centímetro demarcado para reserva indígena ou para quilombola”.
Na
representação, os deputados e senadores afirmam que Bolsonaro “ainda não
percebeu que o País evoluiu, a sociedade acordou e não aceita, não compactua e
não silenciará jamais diante de condutas desse jaez”.
O
documento também registra ser “importante destacar que o representado é
reincidente nas violações de direitos humanos e em ataques da espécie, de modo
que sua conduta social e os caminhos tortuosos por ele trilhado agravam as
ofensas aqui delineadas e certamente deverão ser consideradas na persecução
penal”.
Para
a deputada Benedita da Silva (PT-RJ), que participou da entrega da
representação ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o parlamentar
precisa sofrer uma “punição severa”, já que Constituição torna o crime de
racismo um crime inafiançável.
“Ele
é racista, preconceituoso, machista, ele é tudo isso. Como a gente vai aceitar
que um parlamentar, que está investido de autoridade, de imunidade, que tem que
representar o interesse da população, possa dizer uma coisa dessa impunemente”,
afirmou.
Se
entender que houve crime, a Procuradoria-Geral da República poderá entrar com
um pedido de abertura de inquérito contra o deputado no Supremo Tribunal
Federal (STF). Bolsonaro já é réu no Supremo sob a acusação de incitação
pública ao crime de estupro, por ter declarado que “não estupraria a deputada
federal Maria do Rosário (PT-RS) porque ela não mereceria”
Com
informações O Povo Online
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