Manifestantes na Esplanada dos Ministérios em Brasília (Foto: Marcelo Casal) |
As
duas maiores entidades sindicais do país – Central Única dos Trabalhadores
(CUT) e Força Sindical – avaliam como exitosas as manifestações e paralisações
de várias categorias de trabalhadores em todo o país em protesto contra as reformas
trabalhista e da Previdência Social.
Em
várias cidades do país, trabalhadores pararam atendendo à convocação de greve
geral feita pelas centrais. Em alguns casos, houve bloqueio de vias e rodovias
e confronto entre policiais e manifestantes.
Na
avaliação do presidente da CUT, Vagner Freitas, a paralisação de hoje deve ser
“a maior greve já realizada no país”. Freitas destacou a adesão aos protestos
em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Belo Horizonte, Fortaleza, Curitiba e
Brasília.
Para
o presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), os
trabalhadores decidiriam se mobilizar porque há “propostas viáveis para que o
país retome o seu crescimento econômico sem a perda de quaisquer direitos
trabalhistas, previdenciários e sociais”. Em comunicado divulgado no fim da
tarde, a Força estima que 40 milhões de trabalhadores pararam nesta
sexta-feira.
Paulinho
da Força, no entanto, reconheceu que a não adesão de categorias como aeronautas
(pilotos e comissários) e aeroviários (trabalhadores dos aeroportos) reduziu o
impacto da paralisação. Em São Paulo, tanto no Aeroporto Internacional de
Cumbica, em Guarulhos, quanto no terminal de Congonhas, na zona sul da capital,
a operação durante o dia foi normal.
Por
causa da paralisação de serviços de transporte, várias empresas recorreram à
contratação de táxis ou uso de frota própria para buscar seus empregados em
casa. A prefeitura de São Paulo liberou o rodízio de carros. No começo da
manhã, a cidade registrou congestionamento acima do normal, de cerca de 85
quilômetros, na região do centro expandido, área entre as marginais Tietê e
Pinheiros e a região central.
Os
trens do Metrô e da CPTM ainda operam de forma parcial. Por volta das 15h30min,
havia interdições na Avenida Paulista e também na Rua Libero Badaró, região
central.
O
presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos, José Pereira dos Santos,
disse que a paralisação foi ampla. “As maiores empresas nem abriram. Em outras,
os trabalhadores saíam na medida em que o sindicato chegava. A paralisação no
transporte também ajudou a esvaziar as fábricas. Como o transporte fez greve,
então, essas ausências também decorrem da greve geral.”
O
Sindicato dos Bancários de São Paulo estima que 62 mil empregados de
instituições financeiras da capital paulista, Osasco e região tenham aderido à
greve, com o fechamento de 530 agências e 15 centros administrativos. Na
avaliação da presidente da entidade, Juvandia Moreira, a greve não foi um ato
isolado. “O Brasil precisa de desenvolvimento econômico para gerar emprego e
não a sua precarização.”
Com
informações Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário
A Administração do Blog de Altaneira recomenda:
Leia a postagem antes de comentar;
É livre a manifestação do pensamento desde que não abuse ou desvirtuem os objetivos do Blog.