Em consonância com manifestações de cunho nacional, Juazeiro do Norte, levou mais de 2.500 pessoas às ruas (Foto: Alana Maria Soares) |
Organizações
políticas estimam que mais de 2.500 pessoas participaram da manifestação
pacífica na manhã de ontem (28/04) realizada na praça do Giradouro, em Juazeiro do
Norte, em adesão à greve geral convocada nacionalmente contra as reformas
trabalhista e previdenciária colocadas pelo Governo de Michel Temer.
Participaram
mais de 26 entidades, entre movimentos sindicais, sociais, organizações de
base, de juventude e partidos políticos. Em sua maioria, trabalhadores da
construção civil, servidores públicos e estudantes secundaristas. Caravanas
vindas de Altaneira, Potengi, Santana do Cariri e outras cidades vizinhas
também marcaram presença na manifestação.
Intercalando
entre gritos de guerra e pedidos de “Fora Temer”, lideranças sociais
realizaram falas críticas às medidas tomadas pela gestão do presidente em
exercício Michel Temer e sua base partidária, evidenciadas nas propostas da
reforma da Previdência e reforma Trabalhista. Pontuaram, ainda, as
reivindicações históricas da luta das mulheres, dos negros e dos trabalhadores
rurais sem terra.
O
militante político Alessandro Reinaldo, do MAIS, analisa que a paralisação
desta sexta-feira seria apenas um ensaio para a greve geral nacional, que deve
ser puxada pelas centrais sindicais Brasil a fora. “Vai ter greve até barrarmos
todas essas reformas criminosas e tirarmos o presidente golpista”, afirmou.
De
capacete na cabeça e uniformes a caráter, os trabalhadores da construção civil
sindicalizados largaram as obras e participaram do ato fechando avenidas e
ruas, impedindo carros e rebatendo buzinas. “Isso aqui é sobre nossas vidas,
nosso futuro e nossas condições de trabalho agora”, disse Reimberto Félix. Para
ele, não adianta de nada trabalhar hoje se a aposentadoria é incerta.
Para
Maria Socorro da Silva, que há anos trabalha desenvolvendo tecnologias de
convivência no semiárido com agricultores rurais na Associação Cristã de Base,
a também forte mobilização dos trabalhadores rurais nos protestos contra o
governo Temer se dá, principalmente, porque suas políticas vem a colocar em
risco a qualidade de vida dos agricultores.
“Se
as reformas passarem, voltaremos 50 anos atrás, para a miséria, pobreza, fome e
falta de moradia. As pessoas precisam entender que essas reformas atingem com
mais força o homem e a mulher do campo, que não tem carteira assinada”, disse
Socorro.
Com
informações Cariri Revista
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