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4 de abril de 2017

“A única decisão aceitável é a correta” por Guálter George

Plenário do Tribunal Superior Eleitoral em Brasília (Foto: Nelson Jr.)
É patético o apelo de gente do porte do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para que a justiça eleitoral brasileira compreenda o momento grave e encontre uma saída que mantenha Michel Temer à frente do comando do País.

Patético porque embute uma ideia de impunidade que não se coaduna com a realidade que vivemos, que pede a responsabilização dos que tiverem errado, independente da posição que ocupem. Até se pode dizer, inclusive, que quanto maior o cargo mais exemplarmente é necessário que a condenação venha. Se Temer errou, sem dúvida, precisa ser punido.

A única coisa que se deve cobrar dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), diante da missão histórica que lhes está entregue pela circunstância, é que saibam se portar como magistrados. No caso, o que representará capacidade plena de decidir com base no que indicarem a investigação e as provas colhidas, sem deixar que qualquer interesse outro influa na decisão a ser tomada em nome do que espera uma sociedade aflita.

O medo do caos institucional, por real que seja, não pode ser apontado como justificativa para qualquer retrocesso na caminhada importante que o Brasil começou, há alguns anos, por uma ordem nova na política. Nela, não podem caber privilegiados e nem intocáveis.

Publicado originalmente no portal O Povo Online

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