O
ministro do Desenvolvimento Social e Agrário, Osmar Terra, informou na última sexta-feira (10/03),
na capital paulista, que, apenas, 2.529 municípios aderiram ao Programa
Criança Feliz capitaneada pela primeira dama Marcela Temer (foto).
As informações foram apresentadas no
Palácio dos Bandeirantes em evento de adesão do governo de São Paulo ao
programa. No estado, serão 220 cidades.
Lançado
em outubro de 2016, o Criança Feliz tem, entre os objetivos, apoiar e
acompanhar o desenvolvimento infantil na primeira infância até os 3 anos. No
caso de crianças em situação de vulnerabilidade ou de necessidades especiais,
esse apoio poderá se estender até os 6 anos de idade. O programa ajudará também
as mães e a família na preparação para o nascimento da criança, ainda na fase
de gestação, e, posteriormente, com o desenvolvimento de atividades lúdicas
envolvendo outros membros da família.
“É
um programa que orienta e acompanha as famílias com crianças de até 6 anos. É
um instrumento para que os pais estimulem o desenvolvimento cognitivo e
psicossocial dos filhos. Ele prevê também o fortalecimento de vínculos e o
papel da família no cuidado da educação das crianças na primeira infância”,
disse Terra. Ao apresentar dados científicos sobre o desenvolvimento nos
primeiros anos de vida, o ministro, que é médico, explicou que este é um período
crucial de formação de redes de conexão cerebral.
O
governador Geraldo Alckmin destacou a característica do programa em dar atenção
integral e intersetorial à primeira infância. “Governar é escolher e nós
estamos escolhendo aqueles que mais precisam.” O governo de São Paulo receberá
R$ 1,5 milhão para gestão do programa e capacitação de visitadores
domiciliares. O secretário de Desenvolvimento Social de São Paulo, Floriano
Pesaro, informou que o Criança Feliz será integrado ao programa estadual Família
Paulista. “Ele articula as políticas do estado no enfrentamento da pobreza e
nos territórios mais vulneráveis”, disse.
Terra
criticou o fato de o Criança Feliz não ter sido aprovado pelo Conselho
Municipal de Assistência Social de São Paulo, conforme resolução de 23 de
fevereiro. O documento justifica a negativa por “ausências de informações em
relação às questões técnicas, operacionais, metodológicas e conceituais de
vinculação ao Sistema Único de Assistência Social – Suas, ao Plano Municipal
Decenal e à Tipificação Municipal”.
“[O
conselho] rejeitou o programa, porque [disseram que] não tem informações
adequadas, acham que é um programa da primeira-dama do país. Este programa é
institucional de governo. A primeira-dama tem ajudado divulgando o programa.
Ela é uma embaixadora, ela não tem nenhuma função no programa e faz um trabalho
maravilhoso”, disse, destacando o papel de divulgadora e articuladora do
programa assumido por Marcela Temer.
Com
informações Agência Brasil
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