Reforma
administrativa do Governo do Estado, que propõe o corte de duas secretarias
para diminuir custos, tem sido alvo de desencontros dentro do Governo.
As
versões conflitantes sobre a necessidade de extinção das pastas são do líder de
Camilo Santana (PT) na Assembleia Legislativa, Evandro Leitão (PDT), e de dois
secretários estaduais.
Na
semana passada, Evandro afirmou que iria propor emenda para que o Conselho
Estadual de Educação e a Secretaria Especial de Políticas sobre Drogas não
acabassem. Ao jornal O POVO, o deputado ensaiou recuo, dizendo que apresentação
da matéria na Casa só aconteceria após aprovação do Governo.
O
pedetista falou que ainda não conversou com Camilo para discutir o tema. “O
Governo fez um estudo (de corte de gastos) e apresentou a matéria. Eu, através
de alguns assessores, fiz outro levantamento e agora vou apresentar ao Governo
tentando convencê-lo de que essas pastas não precisam ser fechadas. Se ele não
aceitar, não apresento a emenda”, explicou o líder de Camilo.
Evandro
não quis antecipar qual economia o fim das pastas representaria, mas disse que,
segundo seu estudo, “o impacto é pequeno”.
Embora
haja estranheza no fato de o líder e o governo produzirem estudos diferentes
sobre o mesmo assunto, Evandro admitiu que pode descobrir que está “equivocado”
durante a conversa com o Executivo.
Titular
da Casa Civil, Nelson Martins disse que o Governo havia discutido com deputados
da base e que teria “cedido” diante dos pedidos para manter as duas pastas. “O
Governo teve a ideia de cortar as pastas, mas, diante do apelo feito por vários
deputados, inclusive pelo próprio presidente da Assembleia, Zezinho Albuquerque
(PDT), ele atendeu a demanda”, disse. Evandro nega que tenha conversado com Camilo
sobre manutenção.
Presidente
do Conselho Estadual de Educação, Padre Zé tem outra versão. “Nós falamos para
o governador sobre a importância do conselho, e ele voltou atrás”, disse.
Segundo Padre Zé, Camilo teria designado o deputado Elmano de Freitas (PT) para
propor emenda contra extinção do órgão. “Nós já nos encontramos com o Elmano e
entregamos a ele subsídios para ele fazer a emenda.”
Por
dois dias, O POVO tentou contato com Elmano, mas não teve resposta.
Com
informações O Povo Online
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