O
senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) foi eleito ontem (01/02) presidente do Senado
Federal para o biênio 2017/2018. Eunício teve 61 votos e venceu José Medeiros
(PSD-MT), que conquistou o apoio de 10 senadores. Dez senadores votaram em
branco.
A
eleição confirmou o favoritismo do peemedebista e confere ao PMDB um domínio de
12 anos no comando da Casa. Eunício substitui o senador Renan Calheiros
(PMDB-AL), que passará a ocupar a liderança do partido na Casa. O cargo era
ocupado por Eunício.
A
sessão deveria ter começado às 16h, mas só teve início às 17h35 porque os
líderes partidários fizeram longas reuniões para definir a ocupação dos demais
cargos da Mesa Diretora, conforme a regra da proporcionalidade das legendas.
Na
mesma sessão, foi feita a comunicação à Mesa dos novos líderes partidários. O
PTB indicou Armando Monteiro Neto (PE)
para a liderança, o PSD escolheu Omar Aziz (AM) e o PP, Benedito de Lira (AL).
Ronaldo Caiado (GO) e Paulo Bauer (SC) foram reconduzidos à liderança do DEM e
do PSDB, respectivamente.
Pouco
antes do anúncio do resultado, Renan Calheiros discursou para fazer um balanço
de sua gestão. Ele lembrou episódios em que entrou em polêmicas com o Poder
Judiciário, como quando foi afastado do cargo por decisão liminar do ministro
do Supremo Tribunal Federal Marco Aurelio e, posteriormente, reconduzido.
Renan
fez várias referências à Operação Lava Jato e as considerou tentativas de
intimidação dos membros do Congresso Nacional. “Jamais seria presidente do
Senado Federal e do Congresso Nacional para me conduzir com medo ou temor”,
disse. “Os eleitos do sistema representativo não podem se transformar numa
manada regida pela publicidade opressiva”, acrescentou, cobrando a quebra do
sigilo da delação premiads de executivos da Odebrecht, homologadas esta semana
pela presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia.
O
senador lembrou ainda o episódio em que policiais legislativos foram presos e
foi feita busca e apreensão nas dependências da Polícia do Senado. “Quando esta
Casa foi invadida, reagimos à altura. Algumas vezes, de maneira enfática,
porque o episódio exigia. Sempre buscamos o direito na Justiça, com uma decisão
que foi reformada pelo Supremo Tribunal Federal, devolvendo o equilíbrio entre
os Poderes.”
No
discurso, Renan citou os principais projetos aprovados nos últimos dois anos e
as medidas de austeridade adotadas na administração do Senado para reduzir os
custos e otimizar os investimentos, além do processo de impeachment da
presidenta Dilma Rousseff.
Renan
também lembrou que, em junho de 2013, “o Senado trabalhou com a multidão
batendo à sua porta”, por causa das manifestações de rua espontâneas que se
iniciaram naquele mês e ressaltou que, naquele período, os parlamentares
buscaram aprovar medidas de combate à corrupção como a extensão da Lei da Ficha
Limpa para servidores públicos e o fim da aposentadoria compulsória para juízes
e membros do Ministério Público que cometem crimes de responsabilidade –
projeto que não foi aprovado ainda pela Câmara.
Com
informações Agência Brasil
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