Em
entrevista às “Páginas Azuis” do jornal O POVO que circulou ontem (13/02), o governador Camilo Santana defendeu o nome de Ciro Gomes para as eleições presidenciais de 2018, tendo o
ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) como vice.
Já o deputado federal e líder da minoria na Câmara, José Guimarães (PT), defendeu
ontem candidatura de Lula em 2018, garantiu permanência de Camilo Santana no PT
e criticou o PSB, que estaria fazendo “pressão psicológica” para que o governador
do Estado deixe a legenda. para Para Guimarães, entretanto, a presença do ex-presidente petista é fundamental para vencer a disputa.
“O
PDT tem um nome, Ciro. O PT tem o nome do Lula, e não é pouca coisa um nome com
34% dos votos (intenções de votos). O PCdoB tem o Aldo Rebelo. Na hora certa,
ideal, vamos sentar e discutir isso. Camilo tem uma opinião e é legítimo que
ele defenda. Isso não pode ser objeto de crise”, afirmou o parlamentar.
Para
Guimarães, discutir nomes neste momento enfraquece as possibilidades de união
da esquerda. Mas ele irá defender a participação de Lula no processo.
Presidente
estadual do PT, Francisco de Assis Diniz disse ao jornalista Eliomar de Lima
que Camilo “falou como filiado” e que a discussão sobre 2018 será feita para
adiante.
Já
o vereador petista Acrísio Sena, que tem se aproximado de forças aliadas a Camilo
desde o ano passado, quando defendeu reeleição do prefeito Roberto Cláudio
(PDT), afirmou que é importante saber quais as expectativas do governador.
“Não
tem sentido o PT ter um candidato, PDT ter outro e PCdoB um terceiro. Precisa
haver uma conversa a nível nacional sobre o projeto que queremos para o
Brasil”, sugeriu.
Ex-secretário
da Cultura do Estado, o vereador Guilherme Sampaio foi contundente em suas
críticas. Para o parlamentar, a fala do governador é “triste” e “lamentável”.
Segundo
Guilherme, hoje na oposição a Roberto Cláudio na Câmara de Fortaleza, o chefe
do Executivo estadual está se desgastando com o próprio partido.
“Esse
tipo de relação através das páginas dos jornais diminui o Camilo, diminui a sua
estatura como interlocutor do PT”, criticou o vereador, que protestou ainda
contra indecisão do governador sobre permanecer ou não no partido, o que chamou
de “desrespeitosa”.
“Da
forma como ele está conduzindo, vai ser difícil manter uma interlocução. Daqui
a pouco, quando ele sair, ninguém vai sentir falta, porque a gente só sente
falta do que a gente tem. E a gente não tem o Camilo”, concluiu.
Procurada,
a assessoria do governador informou que não iria comentar o assunto.
Com
informações O Povo Online
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