O
texto original da reforma da Previdência (PEC 187/2016), enviado ao Congresso
pelo governo Temer, está sofrendo onda de rejeição até mesmo entre a base
aliada. Antes confiante de que conseguiria aprovar o pacote, o Planalto começa
a aceitar que terá de negociar vários pontos.
A
bancada cearense, quase em sua totalidade, não aprovaria a reforma inalterada. O
jornal O POVO ouviu 17 dos 22 parlamentares do Ceará e todos disseram que
desejam mudanças na PEC.
“Temos
necessidade de apresentar contraponto aos pontos que o governo apresentou. O
governo já está ciente disso, já houve reunião. A gente entende que é
necessário e queremos propor como contraponto”, disse o deputado Adail
Carneiro (PDT), que faz parte da comissão especial que analisa a proposta.
A
reforma, combinada ao teto de gastos, é peça fundamental na reformulação das
contas do governo. Com ela, o governo espera economizar mais de R$ 600 bilhões
ao longo dos próximos dez anos. Partido da base de Michel Temer, o
Solidariedade já apresentou uma emenda com mais de 300 assinaturas.
“Até
que concordamos (com a proposta), mas não tão radical assim. Que tem que mudar
é obvio, mas não pode o trabalhador ser totalmente penalizado. Ninguém aprova
100%”, afirma o deputado, Genecias Noronha (SD).
Alguns
parlamentares da bancada são favoráveis a uma reforma para atenuar o rombo
previdenciário, mas fazem ressalvas. “É indiscutível que a gente precisa fazer
ajustes na Previdência porque o modelo mostra que não vai conseguir se
financiar. Sou a favor, mas não concordo na íntegra com o projeto”, afirma o
deputado Paulo Henrique Lustosa (PP).
Para
Danilo Forte (PSB), da base do governo, o tempo de contribuição e de
aposentadoria proposto por Temer precisa ser revisto.
A
oposição, com apoio das centrais sindicais é ainda mais crítica à reforma.
“A
população não pode ser prejudicada pela absurda reforma proposta por Temer e
sua turma”, destacou o deputado José Guimarães (PT). O petista prometeu
articular manifestações com a CUT e outras centrais.
O
deputado Chico Lopes (PCdoB) também rejeitou o texto. “É cruel, não tem
legitimidade e não será aceita”, disse. Já André Figueiredo (PDT) ponderou que,
embora precise haver mudanças, elas devem levar em consideração a expectativa
de vida do brasileiro.
“Países
com expectativa de vida menor aplicam idade mínima para aposentadoria menor. No
entanto, o atual governo ignora a realidade nacional”, afirmou.
Com
informações O Povo Online
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