O
presidente da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme),
Eduardo Sávio Martins, afirmou ontem que há 40% de chance de chover dentro da
normalidade no Estado.
O
prognóstico, divulgado ontem, informa ainda que a probabilidade de chover acima
da média histórica (607,5 milímetros) é de 30%. Já as chances de precipitações
abaixo da média também são de 30%. No ano passado, houve 65% de chances de
quadra chuvosa ruim.
Por
outro lado, quando trata especificamente do noroeste e do sudeste do Estado, as
previsões são de: no noroeste, 25% de chance de chover abaixo da média, 35% em
torno da média e 40% acima; já no sudeste, é possível ter 35% de chuvas abaixo
da média, 40% em torno dela e 25% acima.
Se
confirmado o prognóstico, o Estado aliviará o peso dos cinco anos consecutivos
de seca. Mas, contrariando o que se costuma pedir quando as chuvas alagam os
grandes centros urbanos e causam transtornos, pode ser que as precipitações não
recarreguem satisfatoriamente os grandes reservatórios, o que mantém em alerta
órgãos responsáveis pela gerência das águas. Mesmo assim, racionamento em
Fortaleza e na Região Metropolitana continua descartado pelo Governo.
“Não
podemos sair do estado de alerta”, afirmou o secretário estadual dos Recursos
Hídricos, Francisco Teixeira. Ele avaliou que as chuvas dentro da média podem
encher mananciais pequenos e até melhorar os de médio porte, mas, para
recuperar outros maiores e mais estratégicos como Castanhão e Orós, que hoje
operam com 5% e 12,96% do seu volume total, respectivamente, seriam necessários
muitos dias de chuvas.
Eduardo
Sávio também pontuou que, antes de chegar a encher os grandes reservatórios, as
chuvas teriam de realimentar o lençol freático, visto que as condições de
umidade do solo estariam muito baixas. “Toda essa água tem de ser absorvida
pelo solo antes de gerar escoamento”, explicou.
Na
busca por alternativas de abastecimento, será inaugurado pelo governador Camilo
Santana (PT), na próxima segunda-feira, 23, aquífero que deve atender ao
Complexo Industrial do Pecém. Também está em estudo, segundo Francisco
Teixeira, outro aquífero na Taíba, onde há previsão de encontrar vazão de 600
litros d’água por segundo.
Embora
as previsões para a quadra deste ano sejam menos pessimistas, preocupa a
possível formação do El Niño no segundo semestre. “Tendo ou não, vamos
continuar demonstrando a importância do projeto da transposição do (rio) São
Francisco”, pontuou Teixeira.
Com
informações O Povo Online
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