A
chapa do atual presidente Zezinho Albuquerque (PDT), venceu a eleição da Mesa
Diretora da Assembleia Legislativa por mais um biênio. O placar terminou com 27
a 18 para Zezinho e uma abstenção na primeira votação disputada depois de 31
anos. Todos os outros anos tiveram chapa única.
Contudo,
os caminhos que levaram à vitória de Zezinho trouxeram também prejuízos para o
Governo. A oposição que, até ontem (01/12), representava 1/4 do parlamento, tende
a crescer e se fortalecer com o racha da base.
No
processo de negociação de votos para seus respectivos candidatos, o grupo de
situação rompeu com a ala do ex-vice-governador Domingos Filho, que apoiava
Sérgio Aguiar para presidência da Casa. “Saímos com um grupo fortalecido, mesmo
derrotado. Sei que nos próximos dois anos a AL viverá um novo momento”, disse o
articulador do bloco PSD-PMB, o deputado federal Domingos Neto. Ele condenou a
postura do governador Camilo no processo de eleição da Assembleia.
Domingos
Neto confirmou a saída definitiva de seu grupo da base do Governo. Na teoria, a
medida significaria pelo menos sete deputados a menos para a base. Se seguida à
risca, a debandada amplia o número de oposicionistas de 15 para 21. No entanto,
interesses individuais de cada deputado e a capacidade de articulação
governista, com troca de cargos e apoio, ainda pode mudar o quadro.
A
própria oposição também sofreu decepções. Um dos representantes mais ativos do
PMDB, Audic Mota, entrou na chapa governista de Zezinho. A decisão foi motivo
de desconforto entre os colegas de partido. Segundo Audic, a disputa local em
Tauá pesou para ele. Domingos Filho e Audic são rivais políticos no município.
O
deputado Osmar Baquit (PSD) também trocou de lado de última hora. Ele era líder
do bloco PSD-PMB e fez diversas declarações a favor de Sérgio, que sofreu
derrota maior do que previa.
Após
ser declarado vitorioso, Zezinho Albuquerque negou que houvesse qualquer
ruptura na base ou ressentimento com os membros que ficaram contra ele na
votação. Ele argumentou que o fim da disputa deverá trazer de volta a harmonia
de antes da disputa.
“Esse
racha da base é normal. Todos são amigos (...) Eu sei que com essa disputa
alguém sai doído. Mas nós vamos estender a mão a todos. A base do governo não
está dissolvida”, declarou. Ele chegou a referir-se a Sérgio como companheiro
com interesses em comum.
Ele
pediu unidade no parlamento. O deputado, um dos mais próximos de Cid e Ciro
Gomes, disse estar emocionado por ser o primeiro a ocupar a o cargo de
presidente por seis anos seguidos.
Integrantes
da Mesa Diretora eleita para o biênio 2017-2018.
Presidente:
Zezinho Albuquerque (PDT)
1º
vice-presidente: Tin Gomes (PHS)
2º
vice-presidente: Manoel Duca (PDT),
1º
secretário: Audic Mota (PMDB)
2º
secretário: João Jaime (DEM)
3º
secretário: Júlio César (PDT)
4ª
secretária: Augusta Brito (PCdoB)
1º
vogal: Robério Monteiro (PDT)
2º
vogal: Ferreira Aragão (PDT)
3º
vogal: Bruno Pedrosa (PP)
Com
informações O Povo Online
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