O
presidente Michel Temer afirmou ontem (22/12) que não pensa em renunciar ao
cargo e que vai recorrer com “recursos e mais recursos” caso o TSE (Tribunal
Superior Eleitoral) julgue procedente a ação que pede a cassação da chapa
Dilma-Temer.
“Não
tenho pensado nisso”, disse Temer durante café da manhã com jornalistas no
Palácio da Alvorada. “Havendo uma decisão, haverá recursos e mais recursos”,
completou Temer.
O
presidente, porém, ressaltou que será “obediente” à decisão final do Judiciário
seja ela qual for.
No
primeiro semestre do ano que vem o TSE deve julgar uma ação protocolada pelo
PSDB, hoje na base de Temer, pedindo a cassação da chapa PT-PMDB por suposto
abuso de poder político e econômico nas eleições presidenciais de 2014.
Citado
por pelo menos três delatores da Odebrecht por supostas práticas ilegais, Temer
afirmou que não se “insurgiu” contra a Operação Lava Jato, mas que não se pode
“soltar uma delação por semana”. “Pedi que se acelere o processo”, ressaltou o
peemedebista.
O
presidente admitiu que vazamentos do conteúdo das delações da empreiteira “cria
um clima de instabilidade no país” ao atingir o coração de seu governo, com
citações a seu nome e ao de dois de seus principais auxiliares, os ministros
Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Parcerias e Investimentos).
Mesmo
assim, Temer garantiu que não vai afastar Padilha do cargo. “Não tirarei o
chefe da Casa Civil. Ele continua firme e forte à frente da Casa Civil. Não
haverá mudança nenhuma”, afirmou o presidente.
O
presidente, porém, deixou em aberto a possibilidade de fazer uma reforma
ministerial no ano que vem para agradar a aliados insatisfeitos com pouca
participação no governo.
“Não
sei o que vai acontecer lá na frente mas não há intenção, nesse momento, de
fazer qualquer alteração ministerial”, completou.
Temer
disse ainda que está aproveitando a impopularidade de seu governo para tomar
medidas consideradas impopulares, mas que, na sua avaliação, são “necessárias
ao país”, como as reformas Trabalhista e da Previdência.
“Um
governo com popularidade extraordinária não poderia tomar medidas impopulares”,
afirmou o presidente. “Estou aproveitando a suposta impopularidade para tomar
medidas impopulares”, completou.
Com
informações O Povo Online
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