Camilo em audiência com o ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho (Foto:
Marcos Studart)
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Com
o atraso das obras da transposição do Rio São Francisco, o governador Camilo
Santana (PT) recorreu ao governo federal para evitar colapso hídrico no Estado
a partir de março de 2017. O mês, que integra o período chuvoso do Ceará, é o
último com abastecimento de água garantido, segundo a Secretaria de Recursos
Hídricos.
Na
última terça-feira (22/11) Camilo foi a Brasília e entregou ao ministro da
Integração Nacional, Helder Barbalho, documento com medidas emergenciais contra
a escassez. Barbalho vai apresentá-las ao presidente Michel Temer (PMDB), que
definirá para quais delas os recursos serão destinados.
Entre
as ações, estão a instalação de oito adutoras de montagem rápida no interior do
Estado e a perfuração de poços de diversos tipos. O projeto inclui 300 sistemas
simplificados de chafariz, que são caixas d’água com torneiras para o
abastecimento da população de municípios pequenos do Interior. Também foram
solicitados 100 poços com painel solar, para localidades sem energia elétrica.
A
instalação de 75 poços com dessalinizador, para locais com água salobra, também
integram o documento. Camilo pediu recursos para a compra de quatro
perfuratrizes para poços em áreas de litoral, o que beneficiaria a Capital e
Região Metropolitana.
A
utilização do volume morto dos açudes Castanhão, que está com de 5,38% da
capacidade, Gavião, com 81,53%, além do Cauhipe, com 44,58%, também está
prevista, caso seja necessário. Isso significa usar toda a água dos
reservatórios, mesmo abaixo da cota estabelecida.
“São
ações para usar todo o estoque de água que a gente tem”, afirmou Ramon
Rodrigues, secretário-adjunto dos de Recursos Hídricos. De acordo com ele, as
medidas estão orçadas em R$ 110 milhões e serão iniciadas imediatamente após a
liberação dos recursos federais, destinados tanto pelo Ministério quanto pela
Defesa Civil.
Além
das medidas emergenciais, há o projeto de ações estruturantes, que são mais
caras e demoradas, como a duplicação do Eixão das Águas e a instalação dos
“sistemas integrados de águas tratadas”, para captar água do Eixão por meio de
adutoras.
Camilo
já culpou Temer de possível colapso hídrico no Estado com o atraso da
Transposição. Ao que tudo indica, o presidente não guardou mágoas e prometeu
não economizar com as medidas necessárias para evitar a crise.
De
acordo com o senador aliado ao Palácio do Planalto, Eunício Oliveira (PMDB),
que já participou de outras conversas com Barbalho e Temer, “pela primeira vez,
dinheiro não é o problema”.
Com
a água da transposição estimada para chegar em Fortaleza e na Região
Metropolitana somente em setembro ou outubro, o ministro informou que todas as
alternativas para evitar falta d’água serão tomadas. Ele chegou a prometer
dispensa de licitação para acelerar Transposição, caso seja necessário.
Medidas
1)
Perfuração de poços, entre eles a instalação de 300 sistemas simplificados de
chafariz e 100 poços com painéis solares, para localidades sem energia
elétrica, e 75 com dessalinizadores, para locais com água salobra .
2)
Compra de quatro perfuratrizes para poços em formação sedimentar, como as áreas
litorâneas.
3)
Programa de adutoras de montagem rápida, em oito reservatórios: os açudes
Tucunduba, Acaraú Mirim, Gameleira, Arrebita e Rosário e do Aquífero Canto dos
Pintos, da Estação de Tratamento de Quixadá e do Poço Bom Sucesso, em Lagoinha
4)
Construção de sistema de poços direcionais, com um eixo principal e furos
horizontais
5)
Utilização do volume morto do Castanhão, Gavião e Cauhipe, com adequação da
estação de bombeamento para uso da água abaixo da cota.
Com
informações O Povo Online
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