O
governador Camilo Santana (PT) responsabilizou o governo federal pela demora
das obras de transposição do Rio São Francisco, uma das principais esperanças
do Ceará para o combate do colapso hídrico.
As declarações foram dadas durante
entrevista coletiva no Palácio da Abolição, na tarde de ontem (07/11). “A
obra que vai nos dar segurança e garantir (o abastecimento) caso não chova aqui
no Ceará. De onde é que a gente vai trazer água?”, questionou.
O chefe do Executivo estadual teme colapso hídrico que afetaria 4 milhões de pessoas na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).
“O
responsável será o Governo Federal que não está escutando o governador e seus
representantes, não está escutando a urgência dessa obra ser concluída”, disse
Camilo.
Segundo
ele, o governo do Estado já gastou R$ 70 milhões em ações para evitar
desabastecimento na RMF. “O esforço que o Ceará tem feito sem receber um
centavo do governo federal (...). Só adutora para usar água do Maranguapinho
foram quase R$ 2 milhões. Estou fazendo 42 poços para evitar que a gente use a
água do Castanhão”, citou. ‘’Já pedi audiência com o presidente Michel Temer
novamente, já oficializei esse momento crítico do Ceará”, frisa.
A
Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) informou que,
de 2012 para cá, a estiagem deste ano é a segunda pior. Em algumas regiões não
choveu nem metade do esperado. O cenário faz de 2016 um dos dez anos mais secos
da história.
Mais
cedo, em entrevista à rádio O POVO/CBN, o governador foi questionado sobre
ações do senador Eunício Oliveira (PMDB), que concorreu ao Governo com ele em
2014, de combate a seca, e ironizou: “É importante a iniciativa dele, mas ele
devia estar preocupado com a seca desde o início, e não fazer isso como algo dentro
da política”.
Eunício
rebateu: “A seca está castigando nosso Estado, metade dos açudes está no volume
morto, mas o atual governador parece não enxergar isso e prefere terceirizar
responsabilidades ao invés de buscar soluções. Não vou fazer debate político
com o sofrimento das pessoas. O trabalho insistente de apoio e combate aos
efeitos da seca sempre foi pauta prioritária durante todo o nosso mandato”.
Ele
acrescenta que somente neste segundo semestre, teriam sido triplicados os
repasses mensais federais para obras feitas em convênio e realizadas pelos
Estados da região Nordeste. Os valores passaram, segundo o senador, de R$ 6
milhões para R$ 10 milhões por mês por Estado.
O
jornal O POVO procurou o Ministro da Integração Nacional, na noite desta segunda,
mas as ligações não foram atendidas.
Com
informações O Povo Online
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