Atuação
de PMs no primeiro turno foi criticada por juízes (Foto: Rodrigo Carvalho)
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Em
sessão do Pleno do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-CE), juízes da Corte do
órgão aprovaram, por unanimidade, pedido de convocação de tropas federais para
o segundo turno das eleições em Fortaleza.
O
governador do Estado, Camilo Santana (PT), manifestou-se favoravelmente ao
pedido. Juízes eleitorais criticaram, nesta semana, atuação da Polícia Militar
em documento solicitando o reforço de tropas extras. A solicitação segue agora
para o Tribunal Superior Eleitoral, que ainda não tem data para deliberar.
No
texto, assinado por treze juízes das zonas eleitorais da Capital, eles relatam
casos de ameaças de policiais militares a servidores da Justiça Eleitoral no
pleito do último domingo. Na origem dos episódios, estaria proibição da Justiça
a uso de camisas do Capitão América no dia da votação.
Presidente
do TRE-CE, o desembargador Abelardo Benevides disse que, inicialmente, havia
considerado a eleição de domingo, 2, “limpa, sem problemas” e que não via
necessidade da convocação (de segurança de fora). “Mas os juízes me ligaram e
relataram fatos que eu não sabia”, informou o desembargador.
O
desembargador destacou, contudo, o trabalho da Polícia Militar e de
“todos os que trabalharam” com a Justiça Eleitoral, e lembrou que policiais
“também vão estar envolvidos na segurança nas ruas”, e que as tropas federais
serão “uma força a mais”.
Marcelo
Monte, procurador Regional Eleitoral, também não viu problemas na votação de
domingo. Para ele, os casos registrados “foram isolados, sem influenciar o
resultado do pleito”.
Favorável
ao pedido, Monte sugere que seu voto é influenciado pela decisão de Camilo
Santana. “É o comandante das forças armadas. Se ele concorda, fica difícil
pedir o contrário”, disse. Conforme ele, a convocação, porém, é “mais para
sossegar os ânimos” e dar “maior tranquilidade e segurança” sobre a lisura do
pleito.
O
atual prefeito Roberto Cláudio (PDT) vê a convocação com otimismo. Para ele, é
“muito bom saber que as nossas instituições estão vigilantes e atuando de forma
a garantir o pleno exercício da democracia”. Capitão Wagner (PR) concorda.
“Quanto mais fiscalização melhor”, falou. Ambos se enfrentam no segundo turno
na Capital.
De
acordo com documento assinado por juízes, policiais militares “agiram de forma
totalmente parcial em favor do Capitão Wagner”.
A
assessoria do candidato afirmou, por nota, que, “em nenhum momento, autorizou,
orientou ou incentivou qualquer servidor” a atuar em contrariedade à lei.
Segundo a nota, os conflitos no domingo foram “pontuais”.
A
nota critica ainda campanha de RC à Prefeitura em 2012, quando “eleitores foram
constrangidos pelo abuso do poder econômico e político” e por “presença de
vários cabos eleitorais do aliados políticos do atual prefeito, vindos do
interior do Estado”.
Com
informações O Povo Online
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