O
governo de Michel Temer iniciou nesta terça-feira 5 uma campanha publicitária
que tem como objetivo denunciar o que considera ser a "herança
maldita" deixada pela administração Dilma Rousseff, da qual Temer era
vice-presidente.
Com anúncios em diversos veículos de imprensa, o governo
promete "tirar o Brasil do vermelho", uma referência à cor do PT,
partido de Dilma.
A
publicidade anuncia a "situação muito grave nas contas públicas" e
lista 14 pontos, todos com críticas a Dilma. Há menções a prejuízos na
Petrobras e na Eletrobras, a obras atrasadas e críticas às políticas do BNDES.
"Todo esse sofrimento teria sido evitado se as contas do passado
estivessem equilibradas", diz o texto.
O
governo afirma ainda que é "urgente" equilibrar as contas públicas
para "nunca mais ter pedaladas", "para nunca mais ter R$ 170
bilhões de contas públicas no vermelho" e para "definitivamente nunca
mais ter 12 milhões de desempregados".
O
texto não menciona especificamente a PEC 241, que promoverá um congelamento de
gastos em saúde e educação, mas o lançamento da campanha coincide com a
aceleração da tramitação da medida no Congresso. Na campanha, a administração
Temer aborda o tema de forma superficial, afirmando que "quando um governo
gasta mais do que arrecada quem paga a conta é você".
A
tentativa de marcar diferença para Dilma Rousseff chega em um momento no qual
cresce a quantidade de pessoas que avalia o novo governo como pior que o
derrubado. De acordo com pesquisa CNI/Ibope, entre junho e setembro foi de 25%
para 31% o número de pessoas que têm essa opinião. Para 24% o governo Temer é
melhor que o de Dilma e 44% avaliavam ambos como iguais.
Publicado
originalmente no portal Carta Capital
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