No
primeiro teste como presidente de fato do País, o que se viu foi um Michel Temer
fazendo de tudo para não parecer tão presidente assim. Foram atitudes simbólicas
que dizem muito do momento político que vivemos.
Sem
a tradicional faixa no peito e recusando desfilar em carro aberto, o
peemedebista se descaracterizou da figura de principal autoridade do País,
talvez na esperança de evitar qualquer tipo de constrangimento ou atiçar
opositores. Mas não deu muito certo.
Vaias
ecoaram pela Esplanada dos Ministérios, assim como aconteceu no Estádio do
Maracanã durante a abertura das Olimpíadas. Episódio que veio a se repetir com
mais força ontem no mesmo local, por ocasião do início oficial das
Paralimpíadas, apesar de todo o cuidado de tornar a presença de Temer a mais
discreta possível.
A
própria população já parece preparada para "burlar" as tentativas de
proteger o presidente. Quanto mais as autoridades tentam poupá-lo, maior é a
reação. Os protestos nas ruas seguem a mesma lógica.
Quanto
mais se tenta abafá-los, seja em discursos, seja em ações da Polícia, mais eles
crescem. Temer, hoje, paga o preço de sua interferência exagerada no processo
de impeachment, e qualquer ação impensada pode deixar o ambiente ainda mais
caótico.
Será
preciso muita perspicácia para compensar tanta falta de legitimidade.
Publicado
originalmente no portal O
Povo Online
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