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As cores do Brasil pintam o cenário para a execução do hino nacional pelo maestro João Carlos Martins (Foto: Simon Bruty) |
Megarrampa
com mortal de um cadeirante; a musa Paralímpica dançando com uma máquina; um
quebra-cabeças formando um coração pulsante... A cerimônia de abertura dos
Jogos Paralímpicos Rio 2016, na noite de ontem (07/008), no Maracanã, foi a
síntese do grupo formado pelos diretores criativos Marcelo Rubens Paiva, Fred
Gelli e Vik Muniz: um espetáculo de cores, luzes e sons para brindar os
melhores atletas Paralímpicos do mundo.
Pelo
telão, o público que lotou o Maracanã fez a contagem regressiva para o início
da cerimônia, que mostrou a viagem de Sir. Philip Craven, presidente do Comitê
Paralímpico Internacional (IPC) e cinco vezes atleta Paralímpico no basquetebol
em cadeira de rodas, do Reino Unido ao Brasil.
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Cerimônia começou com um salto radical na megarrampa (Foto: Al Tielemans) |
Então,
as luzes se voltaram para a megarrampa montada nas arquibancadas do estádio.
Quando o paratleta radical Aaaron Whelez acelerou sua cadeira de rodas para um
mortal, o público delirou. Na sequência, a roda de samba com Pretinho da
Serrinha, Diogo Nogueira e Monarco e a reprodução da praia carioca,
representada pelo frescobol, altinha, vendedores de mate e surfistas, inseriram
de vez o Brasil na cerimônia.
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Clima de praia tomou conta da cerimônia de abertura (Foto: Al Tielemans) |
Juntos
no palco, os dançarinos formaram um mosaico com a bandeira do Brasil. O próximo
passo foi a execução do hino nacional, pelas mãos do maestro João Carlos
Martins ao piano. Chegou então a hora dos mascotes do Rio 2016 brilharem.
Vinícius, dos Jogos Olímpicos, fez as vezes de Gisele Bündchen, com o mesmo
vestido usado pela modelo na cerimônia de abertura Olímpica. Ao seu lado, o
fiel escudeiro Tom, mascote Paralímpico, que agora assume o protagonismo nos
Jogos, brincou com o público.
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Vinicius e o vestido 'emprestado' por Gisele Bündchen (Foto: Simon Bruty) |
Cada
uma das 159 delegações que participam dos Jogos entrou no estádio com o nome de
seu país escrito em uma peça de um enorme quebra-cabeças, com fotos de atletas
Paralímpicos - obra original montada ao vivo pelo artista plástico brasileiro
Vik Muniz. Ao mesmo tempo, o público fazia a “ola" nas arquibancadas.
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Festa no Maracanã: a delegação do Brasil entra em cena (Foto: Al Tielemans) |
Aos
poucos, as imagens dos atletas formaram um grande coração no palco. A delegação
brasileira foi a última a entrar, ao som de “O Homem Falou”, de Gonzaguinha,
música sobre união e diversidade. Coube ao próprio Vik Muniz encaixar a última
peça no enorme tabuleiro e completar a imagem de um coração pulsante,
simbolizando o lema da festa: “Todo mundo tem um coração”.
“Construir
um mundo mais acessível, fraterno, onde todos possam caminhar lado a lado sem
obstáculos. É uma missão difícil, que nos faz mais fortes. Quando todos
duvidam, nós, brasileiros, crescemos”, discursou na sequência o presidente do
Comitê Rio 2016, Carlos Nuzman.
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Luzes nas arquibancadas: o público foi parte do espetáculo no Maracanã (Foto: Bob Martin) |
Guias
luminosos formaram um caleidoscópio humano, auxiliados pelas milhares de luzes
dos aparelhos celulares das arquibancadas. Pela primeira vez, os pictogramas
Paralímpicos foram usados na cerimônia de abertura dos Jogos, trazendo um
efeito brilhante e tridimensional à festa.
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Amy Purdy e Kuka: parceria impecável na dança (Foto: Buda Mendes) |
Chegou
então a vez de Amy Purdy, a paratleta do snowboard, encantar em uma
apresentação em ritmo de samba interagindo com uma máquina. A intenção foi
mostrar a relação entre seres humanos e tecnologia, que mudou a vida de tantas
pessoas com deficiência, representadas pela dança entre a bailarina e Kuka, o
robô em formato de braço industrial.
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Clodoaldo, o 'Tubarão', encara a chuva e acende a pira Paralímpica (Foto: Bob Martin) |
Era
a hora do desfecho do espetáculo: entra em cena a chama Paralímpica, nas mãos
dos maiores nomes brasileiros no paradesporto. Antônio Delfino passou a chama
para Márcia Malsar, primeiro grande personagem do movimento Paralímpico no
país. Com muita dificuldade para caminhar e sob chuva, ela tropeçou e caiu.
Levantou-se, aplaudida pelo público, seguiu em frente e levou a tocha às mãos
de Ádria dos Santos, a próxima condutora.
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A pira e a escultura: os Jogos Paralímpicos começaram (Foto: Simon Bruty) |
Coube
a Clodoaldo Silva, o 'Tubarão Paralímpico' da natação, com 13 medalhas no
currículo, a missão e a honra de ver à sua frente a escada, aparentemente
intransponível, transformar-se numa rampa que o conduziu até a pira
Paralímpica. Era o momento da pira cinética impulsionada pelo vento levar ao
mundo a mensagem: estão abertos oficialmente os Jogos Paralímpicos Rio 2016.
Com
informações Portal Rio 2016
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