Alison e Bruno recolocam o Brasil no topo do pódio do vôlei de praia (Foto: Rob Carr) |
Nos
Jogos de Londres 2012, Alison terminou com a prata jogando ao lado de Emanuel.
Quatro anos depois, desta vez ao lado de Bruno Schmidt, veio a consagração para
este gigante do vôlei de praia. Em um jogo difícil e pegado, a dupla brasileira
ignorou a chuva e, embalada pela torcida apaixonada que lotou a Arena em
Copacabana, venceu os italianos Nicolai e Lupo por 2 sets a 0, parciais de
21/19 e 21/17, conquistando a sonhada medalha de ouro.
Ao
final do jogo, Bruno deu a medida do tamanho de uma conquista Olímpica.
"Eu estou cansado. Foram duas semanas sem dormir, estou exausto",
disse o campeão em entrevista à Rede Globo. "Quero dedicar esse título ao
meu pai. Eu quase parei de jogar. Não fosse seu apoio, eu não estaria aqui.
Obrigado, pai", declarou o jogador, que disputou os Jogos Olímpicos pela
primeira vez.
Alison
sobe no bloqueio e para o ataque do italiano Lupo (Foto: Getty Images/Rob Carr)
Alison, por sua vez, chega à segunda medalha e iguala Ricardo, ouro em Atenas
2004 e prata em Pequim 2008. O rei da praia, porém, ainda é Emanuel,
ex-parceiro de Alison, que levou ouro, prata e bronze entre 2004 e 2012. Para o
Brasil, a medalha tem sabor especial, pois iguala a campanha de cinco ouros de
Atenas, a melhor da história do país nos Jogos. O jogo O primeiro set deu o tom
do que foi o jogo.
Bruno vibra na vitória sobre os italianos em Copacabana (Foto: Quinn Rooney) |
O
início foi irregular, com a dupla brasileira cometendo alguns erros não
forçados e saindo atrás no placar. Mas é impossível não buscar forças para
superar qualquer adversidade quando se tem uma torcida enlouquecida e
apaixonada como a brasileira. Italianos com a bola? Tome vaia e pressão. Ponto
brasileiro? Alegria desenfreada e gritos de apoio. Foi assim que Bruno e Alison
tomaram a dianteira até fechar o primeiro set pelo placar mínimo, 21 a 19, com
um bloqueio monstruoso de Alison, ou o tal 'monster block' que o sistema de som
anuncia e tanto levanta a torcida.
O
segundo set começou como o primeiro. Mais concentrados, os italianos ficaram o
tempo todo à frente no placar. A mudança só aconteceu na reta final. Após bela
cortada de Bruno, o Brasil fez 15 a 14 e seguiu em frente, ora com os bloqueios
precisos de Alison, ora com largadinhas na medida de Bruno, até fechar por 21 a
17. Alucinada, a dupla foi comemorar com familiares na arquibancada, sem
segurar o choro. Título incontestável e mais que merecido.
O
caminho não foi fácil. Para chegar ao ouro, Alison e Bruno Schmidt jogaram seis
partidas. Na fase de grupos, duas vitórias e uma derrota. De lá para cá, duelos
complicados, mas todos terminando com vitórias cheias de garra e superação -
vale lembrar que Alison machucou o tornozelo. A final e a coroação não poderiam
acontecer de outra maneira. Agora só resta comemorar. Eles merecem.
Com
informações portal Rio 2016
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