O
Brasil chegou à Rio-2016 com a maior delegação da história: 465 atletas. Apesar
do alto número de competidores e do melhor desempenho da história, o País não conseguiu deslanchar como o esperado
no quadro de medalhas. E os resultados ficaram aquém das metas do Comitê
Olímpico do Brasil (COB). O Brasil subiu ao pódio 19 vezes — com sete ouros,
seis pratas e seis bronzes — e ficou no 13º lugar geral.
A
ideia inicial do COB era alcançar pelo menos 27 medalhas e ficar entre os dez
países mais premiados. Meses depois, ficou decidido que a expectativa desceria
para 24 pódios, mantendo o desejo de estar no top 10. Apesar da evolução de
alguns esportes — como a ginástica artística e a canoagem de velocidade —, a
meta não foi alcançada. Até a cerimônia de encerramento dos Jogos, o comitê não
havia se pronunciado sobre as conquistas.
Desde
a confirmação dos Jogos Olímpicos no Rio, houve maior investimento em pessoal e
em espaços para treinamento. Apesar do esforço dos atletas, os resultados não
condizem com o projeto.
É
tendência entre as nações que abrigam cidades-sede ver o número de medalhas
saltar. Isso decorre do maior investimento, do incentivo das torcidas, da
facilidade de deslocamento dos atletas, do clima. A Grã-Bretanha passou de 47
medalhas em Pequim-2008 para 65 em Londres-2012, subindo do 4º para o 3º lugar
no ranking de medalhistas. A China teve, em Atenas-2004, 63 pódios (32 ouros).
Em Pequim-2008, alcançou o feito de 100 medalhas (51 de ouro).
O
Brasil permaneceu com posições tímidas nos esportes mais aguardados. O judô,
esperança do COB para cinco medalhas, ganhou um ouro e dois bronzes. No vôlei,
no vôlei de praia, no futebol e no handebol, medalhas tidas como certas no
feminino não vieram. Situação similar no nado, que teve apenas o 3º lugar na
maratona aquática feminina. Foi o pior resultado da natação em 12 anos. Ricardo
de Moura, superintendente executivo da Confederação Brasileira de Desportos
Aquáticos (CBDA), declarou para a imprensa que ficou “chateado”.
Mas
há esportes que surpreenderam. A ginástica artística, que possuía uma medalha
na história das Olimpíadas, ganhou três. O tiro esportivo subiu ao pódio após
96 anos, com a prata. E uma modalidade menos popular no Brasil, a canoagem,
ganhou três medalhas — algo inédito.
O
público — que acompanhava nas arenas ou pela TV em casa — vibrou com esportes
pouco conhecidos no País. Martine Grael e Kahena Kunze foram ovacionadas ao
ganhar o ouro da vela na classe 49er FX. Isaquias Queiroz subiu ao pódio três
vezes, tornando-se o brasileiro mais premiado em uma edição dos Jogos (duas
pratas e um bronze). Cinco esportes tiveram representantes brasileiros pela
primeira vez: badminton, ginástica de trampolim, golfe, hóquei sobre grama e
rúgbi.
Com
informações O Povo Online
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