22 de agosto de 2016

Brasil tem melhor desempenho da história, mas não atinge meta de medalhas

O Brasil chegou à Rio-2016 com a maior delegação da história: 465 atletas. Apesar do alto número de competidores e do melhor desempenho da história, o País não conseguiu deslanchar como o esperado no quadro de medalhas. E os resultados ficaram aquém das metas do Comitê Olímpico do Brasil (COB). O Brasil subiu ao pódio 19 vezes — com sete ouros, seis pratas e seis bronzes — e ficou no 13º lugar geral.

A ideia inicial do COB era alcançar pelo menos 27 medalhas e ficar entre os dez países mais premiados. Meses depois, ficou decidido que a expectativa desceria para 24 pódios, mantendo o desejo de estar no top 10. Apesar da evolução de alguns esportes — como a ginástica artística e a canoagem de velocidade —, a meta não foi alcançada. Até a cerimônia de encerramento dos Jogos, o comitê não havia se pronunciado sobre as conquistas.

Desde a confirmação dos Jogos Olímpicos no Rio, houve maior investimento em pessoal e em espaços para treinamento. Apesar do esforço dos atletas, os resultados não condizem com o projeto.


É tendência entre as nações que abrigam cidades-sede ver o número de medalhas saltar. Isso decorre do maior investimento, do incentivo das torcidas, da facilidade de deslocamento dos atletas, do clima. A Grã-Bretanha passou de 47 medalhas em Pequim-2008 para 65 em Londres-2012, subindo do 4º para o 3º lugar no ranking de medalhistas. A China teve, em Atenas-2004, 63 pódios (32 ouros). Em Pequim-2008, alcançou o feito de 100 medalhas (51 de ouro).

O Brasil permaneceu com posições tímidas nos esportes mais aguardados. O judô, esperança do COB para cinco medalhas, ganhou um ouro e dois bronzes. No vôlei, no vôlei de praia, no futebol e no handebol, medalhas tidas como certas no feminino não vieram. Situação similar no nado, que teve apenas o 3º lugar na maratona aquática feminina. Foi o pior resultado da natação em 12 anos. Ricardo de Moura, superintendente executivo da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), declarou para a imprensa que ficou “chateado”.

Mas há esportes que surpreenderam. A ginástica artística, que possuía uma medalha na história das Olimpíadas, ganhou três. O tiro esportivo subiu ao pódio após 96 anos, com a prata. E uma modalidade menos popular no Brasil, a canoagem, ganhou três medalhas — algo inédito.


O público — que acompanhava nas arenas ou pela TV em casa — vibrou com esportes pouco conhecidos no País. Martine Grael e Kahena Kunze foram ovacionadas ao ganhar o ouro da vela na classe 49er FX. Isaquias Queiroz subiu ao pódio três vezes, tornando-se o brasileiro mais premiado em uma edição dos Jogos (duas pratas e um bronze). Cinco esportes tiveram representantes brasileiros pela primeira vez: badminton, ginástica de trampolim, golfe, hóquei sobre grama e rúgbi.

Com informações O Povo Online

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