O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira em visita o Sindicato dos Motoristas de São (Foto: PauloRovena)
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O
ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, disse ontem (21/07) na sede do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano em São Paulo, no centro da capital paulista, que a
proposta de flexibilização da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que
permitirá que a negociação em acordo coletivo prevaleça sobre a determinação
legal, vai respeitar a Constituição e será amplamente discutida com os
trabalhadores. O ministro afirmou que o trabalhador não será surpreendido. “O trabalhador não
será traído pelo seu ministro do Trabalho”, disse Nogueira aos participantes.
Antes
de falar aos trabalhadores, o ministro reafirmou que a reforma trabalhista sai
até o fm deste ano e que a flexibilização na CLT deve atingir, por exemplo, a
questão salarial e a jornada de trabalho.
“Vamos
atualizar a legislação. Os direitos não serão revogados. Direito não se revoga,
direito se aprimora. Pretendemos promover uma legislação que traga mais clareza
nessa relação de contrato entre trabalhador e empregador."
De
acordo com Ronaldo Nogueira, no contrato não pode ter interpretação subjetiva.
"Isso traz insegurança jurídica. Vamos trabalhar nessa questão, que vai
tratar especialmente sobre o prestigiamento da convenção coletiva. Vamos
definir em que pontos a convenção coletiva poderá deliberar nessa relação entre
capital e trabalho, como questões de salário, carga horária e momentos de
crise, entre eles o PPE (Programa de Proteção ao Emprego)”, acrescentou o
ministro.
“Entendemos
que o acordado não pode prevalecer sobre o legislado. Se não, não não precisa
lei. Pretendemos prestigiar a convenção coletiva e vamos definir em que
pontos”, ressaltou. O ministro disse ainda que a lei “vai dar diretrizes e
estabelecer limites para que a convenção coletiva possa deliberar”.
Segundo
ele, as mudanças na legislação trabalhista não serão polêmicas, porque a
intenção do ministério é discutir esses pontos com os trabalhadores e
sindicatos.
“Até
o fim do ano [a reforma trabalhista será aprovada] e não vai ter polêmica,
porque a construção será elaborada tendo a participação dos trabalhadores.
Temos como inimigo comum o desemprego. Hoje, temos 12 milhões de desempregados.
Precisamos oferecer ao mercado um contrato que traga segurança e não fique
sujeito a interpretações subjetivas que gerem insegurança.”
Para
evitar que trabalhadores representados por sindicatos com menor poder de
negociação possam ser prejudicados com esses acordos, o ministro informou que o
ministério vai promover a capacitação de dirigentes sindicais.
"Pretendemos, nos termos da Constituição, fortalecer o principio da
unicidade sindical e dar legitimidade maior ao sindicato na hora da homologação
da rescisão do contrato", adiantou.
Na quarta-feira (20/07), o ministro afirmou em Brasília que a proposta de reforma trabalhista
também inclui outras duas questões: a regulamentação da terceirização no país e
a possibilidade de tornar o PPE permanente.
Sobre
a terceirização, o ministro disse que as propostas em tramitação no Senado
servirão como “fonte de estudos para essa legislação”.
“Vamos
definir, dentro de uma categoria econômica, quais são os serviços objeto desse
contrato de serviços especializado. Não gosto da expressão terceirização,
porque isso remete à ideia de passar a um terceiro a responsabilidade que é
tua. Vamos trabalhar na elaboração de uma legislação que trata do contrato de
um serviço especializado", esclareceu.
Com
informações Agência Brasil
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