Um dos trechos do canal concluído no início deste ano (Foto: Divulgação/Ministério da Integração) |
Apesar
das dúvidas que ainda pairam sobre a transposição do Rio São Francisco, o
governo federal garante para o fim deste ano a entrega da obra. Prejudicada,
entre outras razões, pela transição entre Dilma e Michel Temer e pelo
afastamento de algumas construtoras que tiveram seus nomes citados na Operação
Lava Jato, o projeto vai beneficiar o Ceará e outros estado do Nordeste.
Procurado pelo jornal O POVO, o Ministério da Integração Nacional informou
trabalhar com a previsão para o próximo mês de dezembro.
No
Ceará, o Cinturão das Águas é a principal promessa do Governo para amenizar os
efeitos da seca no interior do Estado e em Fortaleza, caso haja racionamento de
água na Capital, conforme veiculou jornal O POVO na última sexta (15/07).
Dono
de custo inicial orçado em mais de R$ 8 bilhões e recente recebimento adicional
por parte do Governo do Estado de mais de R$ 600 mil, o projeto, no qual devem
ser aportados em breve R$ 10 bilhões para recuperação de nascentes e áreas
degradadas, segue na dependência do atual ritmo das atividades para ser
entregue. Com 87,4% de execução física (88,7% no Eixo Norte e 85,4% no Eixo
Leste) e, segundo o Ministério da Integração (MI), suas equipes técnicas
controlando as obras, o projeto tem orçamento acompanhado pelo Ministério da Integração,
Tribunal de Contas da União (TCU) e Ministério da Transparência, Fiscalização e
Controle (MTFC), antiga Controladoria-Geral da União, (CGU).
Com
visita realizada em abril deste ano por comitiva integrada pelos deputados
estaduais Moisés Braz (PT), Leonardo Pinheiro (PSD), Sérgio Aguiar (PDT),
Carlos Matos (PSDB) e Roberto Mesquita (PSD) nos municípios de Salgueiro (PE),
Penaforte e Jati, ambas no Estado, as obras iniciadas em 2007 durante o governo
Lula e previstas para serem encerradas em 2014 correm o risco de ainda serem
atrasadas, já que estão sujeitas também a uma produção acelerada a fim de que o
tempo em que elas ficaram paradas possa ser compensado nos próximos meses. Para
isso, segundo o Ministério, houve ampliação do repasse financeiro mensal aos
estados em até 43%. “O objetivo é acelerar as atividades das construtoras para
que o cronograma pactuado com o governo federal seja cumprido”.
“Durante
nossa ida ao local, o engenheiro informou que a previsão de chegada da água ao
açude Jati, porta de entrada para o abastecimento no Ceará, é começo de agosto.
Se isso acontecer, teremos água no nosso Estado entre novembro e dezembro. Esse
intervalo é o tempo necessário para o escoamento”, explicou Leonardo,
acrescentando que o prazo pode chegar a 2017. De acordo com Sérgio Aguiar, o
prazo inicial era julho e, como houve atraso, a expectativa é o mês que vem.
O
parlamentar, que informou não existir uma comissão ou frente da Assembleia
responsável pelo acompanhamento das obras, disse ainda que a fase final
independe de repasse dos recursos federais, já que a verba destinada ao
Cinturão das Águas, meio pelo qual a água chegará ao açude Castanhão, já foi
repassada aos cofres estaduais.
Com
informações O Povo Online
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