Camilo
Santana e o secretário Francisco Teixeira no anúncio do plano (Foto: Fabio Lima)
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A
previsão para este segundo semestre e o futuro próximo, no Ceará, é de menos
água. Faça chuva ou se realize a transposição do rio São Francisco (até janeiro
de 2017), a convivência, daqui por diante, será com a redução do consumo e o
uso racional da água. Estas são as linhas traçadas pelo Plano de Segurança
Hídrica de Fortaleza e Região Metropolitana (RMF), elaborado pelo Governo do
Estado e divulgado ontem (26/07).
O
plano é emergencial, até a próxima quadra chuvosa, e deve ter as ações
avaliadas em 90 dias. Dependendo das metas (não) alcançadas, “medidas mais
drásticas” podem ser tomadas, projeta o governador Camilo Santana (PT). “Se
tiver que tomar uma decisão drástica, fecho a Termelétrica (do Pecém), mas não
deixo faltar água para a população”, diz. “A mudança dos hábitos é o que temos
que estabelecer”, demarca.
O
Estado vai passar de uma convivência com a seca para cotidianos com o uso
sustentável de água. Do pequeno ao grande consumidor, todos têm que mudar
hábitos porque os recursos hídricos são finitos, porque o consumo vai custar
mais caro e para evitar racionamentos.
Cada
um dos últimos cinco anos de seca expõe a vulnerabilidade dos recursos hídricos
no semiárido. “E isso aprofunda a gestão de demanda”, relaciona João Lúcio
Farias, presidente da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh). É
preciso aprimorar o controle direto com o usuário, seja pequeno ou grande
consumidor. “São coisas que estamos aprendendo”, diz Farias. “Pra gestão ser eficiente,
a sociedade tem que contribuir. Temos que aprender a viver com menos água
porque os recursos naturais têm limite. A água é um bem finito”, une o
secretário dos Recursos Hídricos, Francisco Teixeira.
O
plano objetiva “economizar em 20% a oferta de água do sistema integrado de
abastecimento” da Capital e RM. Entre as 11 ações previstas, a ampliação da
tarifa de contingência, aplicada ao consumo doméstico, representaria a maior
parcela de economia de água, com custos diretos para o cidadão. Vai mudar
hábitos e orçamento: com a revisão da tarifa, a redução no consumo de água
passará de 10% (meta ainda não alcançada) para 20%. Quem exceder a nova meta
pagará 120% sobre o excedente.
As
alterações entram em vigor depois da aprovação pela Agência Reguladora de
Serviços Públicos Delegados do Estado do Ceará (Arce) e pela Autarquia de
Regulação, Fiscalização e Controle de Serviços Públicos de Saneamento Ambiental
(Acfor). O governador vai apelar para campanhas educativas e deve onerar ainda
mais as contas do mês para convencer cada cidadão a reduzir o consumo e
utilizar a água de forma sustentável.
Outra
ação do plano mira o reforço no combate às perdas — por vazamentos e ligações
clandestinas. “O vazamento é inerente ao setor, devido a todas as pressões da
rede, pela extensão da Cidade”, explica Neuri Freitas, presidente da Cagece.
Com
informações O Povo Online
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