Ex-presidente da Câmara acompanha processo de cassação na CCJ (Foto: Lula Marques) |
Ainda
no início da madrugada de ontem (14/07), veio a primeira derrota. Aliado do
ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Rogério Rosso (PSD-DF) perdeu
a eleição para a presidência da Câmara. Garantir a vitória de Rosso era um dos
últimos trunfos de Cunha para atrasar ou tentar reverter a situação do processo
de cassação de seu mandato.
Mais
tarde, no mesmo dia, o peemedebista sofreria mais duas derrotas na Comissão de
Constituição Justiça e Cidadania (CCJC). O recurso que pedia retorno do
processo ao Conselho de Ética foi negado. Em seguida, novo relatório foi votado
para que o processo seguisse para plenário.
Nas
duas votações na CCJC, Cunha teve poucos a seu favor, contrastando com os meses
em que comandou na Câmara. Um
dos mais fiéis aliados de Cunha, Paulinho da Força (SD-SP), faltou à sessão.
“A
marcação pra hoje (ontem), no dia seguinte da votação do presidente [da
Câmara], tirou alguns parlamentares que estavam favoráveis ao meu recurso que
não puderam comparecer aqui, pelo menos uns cinco ou seis”, argumentou Cunha,
que acompanhou a sessão.
Por
48 votos a 12, a CCJC rejeitou recurso de Cunha, cujo processo agora vai a
plenário, possivelmente em agosto, na volta do recesso parlamentar. As chances
de que o deputado perca o mandato são grandes.
Cunha
prometeu recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF). “Preferiram a solução que
fosse mais rápida e não a correta. Evidentemente que vou arguir a nulidade
disso no Supremo, evidentemente que estão me dando cada vez razões maiores para
isso”, afirmou em sua defesa.
Foi
por decisão de um dos ministros da Suprema Corte que ele foi suspenso de suas
funções parlamentares em 5 de maio. Desde então, Cunha tenta articular ações
com a finalidade de protelar o trâmite do seu processo na Casa.
Deputados
favoráveis e contrários a Cunha avaliam que será muito difícil reverter a
cassação no plenário, uma vez que o voto será aberto.
Para
a cientista política Paula Vieira, da Universidade Federal do Ceará (UFC), o
mau momento de Cunha significa que a pressão da opinião pública está afetando
as decisões dos parlamentares.
“Por
mais que ele ainda tenha grande influência, ele não está podendo exercer porque
os parlamentares estão muito expostos. Se negar a fazer o procedimento pode
prejudicá-los publicamente”, avalia. “Lembrando que é ano de eleição e a
maioria tem influência regional.”
Com
informações O Povo Online
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