A
partir de hoje (30/06), está proibida a venda de lâmpadas incandescentes no
Brasil.
O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro)
começa a fiscalizar amanhã (01/07), por meio dos institutos de Pesos e Medidas
(Ipem) estaduais, estabelecimentos comerciais que ainda tenham à disposição
lâmpadas incandescentes com potência de 41watts (W) até 60 W.
A
restrição foi estabelecida pela Portaria Interministerial 1.007/2010, com o
objetivo de minimizar o desperdício no consumo de energia elétrica. Uma lâmpada
fluorescente compacta economiza 75% em comparação a uma lâmpada incandescente
de luminosidade equivalente. Se a opção for por uma lâmpada de LED, essa
economia sobe para 85%. Quem não atender à legislação poderá ser multado entre R$ 100 e R$ 1,5 milhão.
A
troca das lâmpadas incandescentes no Brasil começou em 2012, com a proibição da
venda de lâmpadas com mais de 150W. Em 2013, houve a eliminação das lâmpadas de
potência entre 60W e 100W. Em 2014, foi a vez das lâmpadas de 40W a 60W. Este
ano, começou a ser proibida também a produção e importação de lâmpadas
incandescentes de 25 W a 40 W, cuja fiscalização ocorrerá em 2017.
Segundo
o responsável pelo Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE) do Inmetro,
engenheiro Marcos Borges, a fiscalização tem caráter educativo, porque os
comerciantes foram orientados sobre a proibição desde o ano passado. “Por isso,
entendemos que o impacto não é brusco para os comerciantes, porque eles já vêm
sendo instruídos nesse sentido desde a assinatura da portaria, em 2010.”
Borges
informou que, desde o apagão de 2001, o Inmetro desenvolve um programa de
educação do consumidor brasileiro, no qual mostra que as lâmpadas
incandescentes duram menos e consomem muito mais energia do que, por exemplo, a
lâmpada fluorescente compacta. “Ficou claro para o consumidor que a lâmpada
fluorescente compacta era muito mais econômica que a incandescente.”
Ele
citou, como exemplo, o caso de uma casa com dois quartos que usaria em todos os
cômodos lâmpadas incandescentes de 60 W. “Elas gerariam valor em um mês de R$
20 a R$ 25 para iluminar a casa. Ao trocar por uma lâmpada equivalente
fluorescente compacta, essa conta cairia para R$ 4 ou R$ 5 em apenas um mês. O
consumidor entendeu isso e, ao longo do tempo, já vai deixando de usar esse
material.”
Números
do Inmetro mostram que, em 2010, 70% dos lares brasileiros eram iluminados
pelas incandescentes. Agora, somente 30% das residências usam esse tipo de
lâmpada, que não podem mais ser comercializadas no Brasil, seguindo
recomendação da Agência Internacional de Energia (AIE).
Com
informações Agência Brasil
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