O
Brasil passa um dos piores momentos em 516 anos de História. Uma crise que,
como já tive a oportunidade de registrar, perpassam não só pelo campo econômico,
mas também e principalmente pelo político.
Uma crise que extrapola esses dois
pilares supracitados e desemboca sem nenhum pudor na moral e na ética (na sua
falta evidentemente).
Temos
tudo para desconstruir essa hipocrisia que a cada dia é injetada (seja pela
elite conservadora e retrógrada, seja pela grande mídia) na pele dos
brasileiros e brasileiras como que se vacina contra a gripe H1N1, mas não o
fazemos.
Contamos
com um dos maiores veículos de comunicação a nosso favor e não os utilizamos para
tal finalidade – rádio e internet. Mas na infantilidade e me arriscaria a dizer
no falso discurso de neutralidade e, ou isenções, acabamos por usufrui-los de
maneira diferente da esperada.
Mas
o que esperamos?
Esperamos
que se tenha participação política efetiva. Não aquela que estamos acostumados
a ver nas interpretações de muitos. Onde o que prevalece é a defesa desenfreada
de partido político y e a condenação do partido político w. Não, queremos uma
participação política que seja capaz de se posicionarem para além dos polos. O
momento exige isso. Não há mais espaços para ostracismo político-social. Não
cabe mais isolamento político. Faz-se necessário e urgente a tomada de partido
(me permitam usar a primeira pessoa agora). Meus alunos sabem bem de que tomada
de partido falo.
Não
podemos usar as mesmas argumentações de muitos falsos representantes da Câmara
Federal e tocar sempre no nome de deus em cada fala ou escrita nossa. Lá no
legislativo federal eles usaram a entidade “divina” para surrupiar a democracia
e bater na cara do povo brasileiro. Aqui se usa constantemente o nome do
“divino” para silenciar, para se isentar das discussões. É como se estivéssemos
morando em outro país que não o Brasil. Mas quando afirmamos isso, até mesmo os
que se silenciam perde, por que em outros recantos já há tomada de decisões.
Jornais e pessoas do mundo inteiro já se deram conta do que se passa no Brasil
e, portanto, já opinaram.
E
você cidadão já opinou? E vocês representantes de classes já se manifestaram? E
você professor e tu professora já adequou os conteúdos de sala com o momento
que ora passamos ou vão continuar sendo estrangeiros na própria terra?
Alienados em sala e contribuindo para a alienação dos (as) estudantes.
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