A
experiência política tão justamente alardeada de Michel Temer não parece vir
lhe servindo para escolher o tempo correto das decisões a tomar nos momentos de
crise como chefe de um Governo instalado para, mesmo que provisoriamente,
colocar ordem no País.
Era
evidente a insustentabilidade da situação de Fabiano Silveira no ministério da
Transparência, Fiscalização e Controle, a partir do momento em que ele teve
exposto parte do conteúdo de comprometedora conversa com o senador Renan
Calheiros e o cearense Sérgio Machado.
Temer,
como já acontecera no caso de Romero Jucá, ex-ministro do Planejamento,
apresentou-se vacilante, deixando que a crise se estendesse além do necessário.
A
demissão, solicitada ou imposta, era a única saída vislumbrável, cabendo a
Temer, valendo-se do seu tempo de janela política, acertar os ponteiros com o
padrinho do ministro, o senador Calheiros, para minimizar seus efeitos futuros.
Coisa
que ele não fez, ou fracassou ao tentar, deixando o governo à mercê de uma
situação em que todo mundo gritava e ninguém se entendia. Resta imaginar que as
lições dos primeiros episódios sirvam à administração dos que estão por vir.
Até porque, há motivos para imaginar que outros semelhantes
esperam
na fila.
Publicado
originalmente no O Povo Online
Guálter
George, editor-executivo de Conjuntura do Jornal O Povo
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