Ainda
não há medidas concretas, mas em primeira entrevista à imprensa, o novo
ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, deu sinais da condução econômica do
País no governo do presidente em exercício Michel Temer (PMDB).
Uma delas, é a
possível volta da CPMF, que está em tramitação no Congresso. “Não se deveria
haver aumento de imposto. No entanto, existe uma prioridade, que é o equilíbrio
das contas”.
O
novo imposto está em estudo, assim como outras medidas. E Meirelles tem até 180
dias, período de afastamento de Dilma Rousseff até que haja decisão sobre o
impeachment, para recuperar a confiança no País.
No
período, Meirelles disse que estabelecerá meta fiscal realista, que possa ser
utilizada como corte de despesas, e focará nas reformas trabalhista e
previdenciária. “O mais importante deste momento para o Brasil é de que
comecemos a dizer a verdade e a ser claros nas contas públicas”. Segundo o
ministro, o déficit das contas públicas pode ser maior que os R$ 96,6 bilhões
previstos.
Em
relação ao sistema de metas e despesas, diz que trabalhará para que não haja
crescimento real das contas do Governo. “Estamos falando de nominalismo. As
contas deverão ser mantidas em termos nominais”.
Outra
medida será cortar desonerações e subsídios, as chamadas “bolsa empresário”,
que “pesam mais na despesa do Governo que programas sociais”. “Vamos cortar
privilégios daqueles que não precisam”.
Por
hora, o anúncio mais concreto foi o nome de Tarcísio José Massote de Godoy como
secretário-executivo do Ministério. Segunda-feira se conhecerá a equipe do
Ministério da Fazenda e os nomes do para o Banco do Central e bancos públicos.
Nomeações que serão “técnicas e profissionais”.
Para
o economista Eldair Melo, a criação de impostos é necessária para o equilíbrio
das contas públicas. “Porém, esse não é o melhor caminho. O que se deve fazer é
estimular o investimento e diminuir a taxa de juros”, diz. A ideia do
economista é que, com investimento, o desemprego diminua, as pessoas comecem a
comprar e o Governo arrecade sem ser por meio de impostos.
Carlos
Manso, assessor econômico da Federação das Indústrias do Estado do Ceará
(Fiec), diz que os empresários não aguentam nem ouvir falar em criação de
impostos. “Mas, se for para resolver as contas públicas, que a CPMF não seja
permanente. Em relação à reforma trabalhista, ele diz deve haver flexibilização
da legislação para que haja autonomia e menos obstáculos às decisões das
convenções coletivas”.
Com
informações O Povo Online
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