O
clima é de expectativa, e agitação nos bastidores, entre políticos e
empresários cearenses. Em todos os setores instalou-se um debate intenso sobre
o processo de reacomodação de forças, com a troca de posição entre governistas
e oposicionistas diante do provável afastamento da presidente Dilma Rousseff
(PT) e sua substituição pelo vice Michel Temer (PMDB). O governador Camilo
Santana, aliado de Dilma, acredita na institucionalidade, enquanto seu
principal adversário, o senador Eunicio Oliveira, ex-aliado de Dilma e atualmente próximo de Temer, já adianta
que “ninguém conte com ele” para qualquer ação que possa prejudicar o Estado.
Na
Economia, setores se mobilizam para apresentar suas demandas para Michel Temer.
A expectativa é de que as propostas sejam incorporadas à agenda do possível
novo governo. Entre as pautas quase unânimes do Ceará, estão condições
especiais para o Nordeste, meio para reduzir as desigualdades regionais.
No
cenário político a transformação será intensa: o governador do Estado, Camilo
Santana (PT), passa a compor a oposição do governo de Michel Temer (PMDB); e o
adversário por ele derrotado, senador Eunício Oliveira (PMDB), se torna um dos
principais interlocutores do Ceará frente ao Governo Federal.
A
três dias da primeira votação do plenário do Senado, marcada para o dia 11, que
pode afastar temporariamente Dilma Rousseff (PT) do cargo, o líder do PMDB no
Senado e aliado íntimo de Temer já veste a camisa de interlocutor.
“Se
eu tiver alguma ponta de prestígio (no novo governo), ninguém pode contar
comigo para ajudar a atrasar o Ceará, eu não vou fazer disputa política com os
interesses da minha população, eu espero contribuir”, afirmou. “Eu posso não
ter prestígio, mas intimidade (com Temer) eu terei para trazer benefícios”,
completou, afirmando que o vice-presidente pediu a indicação dele para compor
três ministérios de um eventual governo.
Em
contrapartida, questionado sobre possível enfraquecimento seu e do seu grupo
político, ligado aos ex-ministros Cid e Ciro Gomes (ambos do PDT), Camilo
rebate: “Eu não tenho interesse em nada, não tenho sequer um cargo indicado no
Governo Federal, minha preocupação é com o povo cearense”.
Também
ligado aos ex-governadores, defensores do governo de Dilma, o deputado federal
Leônidas Cristino (PDT) nega enfraquecimento do grupo. “Não vamos perder nada
em relação a cargos, a maioria deles já está com o Eunício”.
Além
de Eunício, quem também se fortalece com a possível troca de governo é o
senador Tasso Jereissati (PSDB). Autor de carta de princípios enviada a Temer
para que sua legenda o apoiasse, ele tem se aproximado da bancada cearense do
PMDB e está cotado, inclusive, para compor quadro de ministros.
Em
entrevista, Eunício disse que está trabalhando junto com o tucano para garantir
que o Estado seja beneficiado com a troca. “Você acha que o senador Tasso vai
trabalhar contra o Ceará? Possibilidade zero”, disse.
Com
informações O Povo Online
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