Dilma durante cerimônia de início da operação comercial da Usina Hidrelétrica de Belo Monte (Roberto Stuckert Filho) |
A
presidenta Dilma Rousseff disse ontem (05/05) que o afastamento do cargo do
presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pelo Supremo
Tribunal Federal (STF) ocorreu “antes tarde do que nunca”. Dilma lamentou que
Cunha tenha conseguido presidir “na cara de pau" a sessão da Câmara que
aprovou o "lamentável" prosseguimento do processo de impeachment.
A
liminar foi concedida pelo ministro Teori Zavascki e mantida por unanimidade
pelo plenário do Supremo.
“Antes
de sair de Brasília, soube que o Supremo Tribunal Federal tinha afastado o
senhor Eduardo Cunha alegando que ele estava usando seu cargo para fazer
pressões, chantagens. A única coisa que eu lamento, mas eu falo antes tarde do
que nunca, é que infelizmente ele conseguiu e, vocês assistiram, ele presidindo
na cara de pau o lamentável processo [de impeachment] na Câmara”, afirmou
Dilma, durante a cerimônia de início da operação comercial da Usina
Hidrelétrica de Belo Monte, em Vitória do Xingu, no Pará.
Para
Dilma, a admissibilidade do pedido de afastamento foi uma “chantagem” de Cunha.
“Na verdade, o início desse impeachment foi uma chantagem do senhor Eduardo
Cunha, que pediu para o governo votos para impedir seu próprio julgamento na
Comissão de Ética da Câmara. Nós não demos os votos. Ele entrou com o pedido de
impeachment. Esse impeachment é um claro desvio de poder, porque ele usa seu
cargo para se vingar de nós porque nós não nos curvamos às chantagens dele.”
Com
informações Agência Brasil
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