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29 de abril de 2016

Temer diz que não será candidato em 2018 e defende fim da reeleição

O vice-presidente Michel Temer afirmou ontem (28/04) que não será candidato à sucessão presidencial em 2018 e que apoiará proposta de fim da reeleição.

A declaração tem como objetivo atrair o apoio das diferentes alas do maior partido de oposição do País ao peemedebista, que assumirá o cargo interinamente caso a presidente Dilma seja afastada pelo Senado. 

O grupo do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, ainda demonstra resistência em aceitar cargos na eventual administração peemedebista. Pelo apoio do PSDB, o vice-presidente cogita entregar o Ministério de Relações Exteriores para o senador José Serra (SP) e a Secretaria de Direitos Humanos para a deputada federal Mara Gabrilli (SP).

“Eu ficaria felicíssimo se ao final de um eventual governo, conseguisse colocar o País na rota do crescimento e o pacificasse, conseguindo dar uma certa harmonia na sociedade brasileira”, disse.

Segundo ele, o fim da reeleição daria maior liberdade ao peemedebista para uma ação governamental, ou seja, para a aprovação de reformas estruturais, como a previdenciária e a trabalhista.

Em entrevista ao SBT Brasil, exibida na noite de ontem (29/04), o vice-presidente se comprometeu ainda a não interferir na Operação Lava Jato, condição também imposta pelo PSDB para apoiá-lo.

“Nenhuma interferência por uma razão singela: pretendo reinstitucionalizar o País. Cada poder fará o seu papel e não haverá interferência de forma nenhuma”, disse.

O peemedebista chamou ainda de “injustificável” as críticas da presidente de que ele é “conspirador” e “golpista”, mas ressaltou que tem “muito apreço pessoal e respeito” pela petista e que a população brasileira deve respeitá-la pelo período que ela tem atravessado.

Ele negou ainda que irá reduzir programas sociais, como o Bolsa Família, e disse acredita ter o apoio do Congresso para aprovar medidas que a atual presidente não conseguiu. Segundo ele, a sua prioridade é “colocar a economia nos trilhos” para retomar a geração de emprego. “Tenho certeza que as medidas que viermos a propor serão compreendidas pelo Congresso”, afirmou.

Ele disse ainda que a tese defendida por ministros e petista de antecipação da eleição presidencial “perdeu um pouco de substância nos últimos tempos” e disse não ficar impressionado se movimentos e entidades de esquerda protestarem nas ruas contra o eventual governo interino.

“Se houver movimento de rua, é um direito democrático desde que não seja predador e embaraçador”, disse. “Não vou dar atenção a isso, mas aos problemas do País”, acrescentou.

Com informações O Povo Online

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