O
vice-presidente Michel Temer afirmou ontem (28/04) que não será candidato à
sucessão presidencial em 2018 e que apoiará proposta de fim da reeleição.
A
declaração tem como objetivo atrair o apoio das diferentes alas do maior
partido de oposição do País ao peemedebista, que assumirá o cargo interinamente
caso a presidente Dilma seja afastada pelo Senado.
O
grupo do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, ainda demonstra resistência
em aceitar cargos na eventual administração peemedebista. Pelo apoio do PSDB, o
vice-presidente cogita entregar o Ministério de Relações Exteriores para o
senador José Serra (SP) e a Secretaria de Direitos Humanos para a deputada federal
Mara Gabrilli (SP).
“Eu
ficaria felicíssimo se ao final de um eventual governo, conseguisse colocar o
País na rota do crescimento e o pacificasse, conseguindo dar uma certa harmonia
na sociedade brasileira”, disse.
Segundo
ele, o fim da reeleição daria maior liberdade ao peemedebista para uma ação
governamental, ou seja, para a aprovação de reformas estruturais, como a
previdenciária e a trabalhista.
Em
entrevista ao SBT Brasil, exibida na noite de ontem (29/04), o vice-presidente
se comprometeu ainda a não interferir na Operação Lava Jato, condição também
imposta pelo PSDB para apoiá-lo.
“Nenhuma
interferência por uma razão singela: pretendo reinstitucionalizar o País. Cada
poder fará o seu papel e não haverá interferência de forma nenhuma”, disse.
O
peemedebista chamou ainda de “injustificável” as críticas da presidente de que
ele é “conspirador” e “golpista”, mas ressaltou que tem “muito apreço pessoal e
respeito” pela petista e que a população brasileira deve respeitá-la pelo
período que ela tem atravessado.
Ele
negou ainda que irá reduzir programas sociais, como o Bolsa Família, e disse
acredita ter o apoio do Congresso para aprovar medidas que a atual presidente
não conseguiu. Segundo ele, a sua prioridade é “colocar a economia nos trilhos”
para retomar a geração de emprego. “Tenho certeza que as medidas que viermos a
propor serão compreendidas pelo Congresso”, afirmou.
Ele
disse ainda que a tese defendida por ministros e petista de antecipação da
eleição presidencial “perdeu um pouco de substância nos últimos tempos” e disse
não ficar impressionado se movimentos e entidades de esquerda protestarem nas
ruas contra o eventual governo interino.
“Se
houver movimento de rua, é um direito democrático desde que não seja predador e
embaraçador”, disse. “Não vou dar atenção a isso, mas aos problemas do País”,
acrescentou.
Com
informações O Povo Online
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