Estudantes Kézia, Vivian e Emanuelly durante desfile pela emancipação política de Nova Olinda (Foto: Professor Clodovânio) |
É
tradição no município de Nova Olinda a realização de desfile com ações
educativas e culturais visando comemorar a sua emancipação política. Na tarde
de ontem (14/04) nessa programação a participação das escolas de ensino
infantil, fundamental e médio foi atração à parte e, como tal, permitiu a
divulgação de projetos desenvolvidos em seus estabelecimentos.
O
professor Nicolau Neto noticiou no seu Blog Informações em Foco a participação
da estudante Kézia Adjaneda Escola Estadual de Educação Profissional Wellington
Belém de Figueiredo. Ao lado das colegas Viviam Matos e Emanuelly Alves, ostentavam
placas que iam de encontro com os objetivos do projeto. “Não se Omita”, “Denuncie”
e “Humanize”.
“Kézia
não escondeu a alegria de ter participado da ação da escola, mas foi taxativa
ao demonstrar o desgosto por uma sociedade arraigada em preconceitos e que
infelizmente ainda não saiu da idade média revelando comentários machistas e
homofóbicos!”, escreveu Nicolau.
O
blog relatou ainda que a estudante, sem revelar nomes, citou os comentários ouvidos
durante o tradicional desfile, mas que com todo o rigor ideológico e a
criticidade que ela tem respondeu à altura: “qual teu problema?”, indagou a
estudante.. “... fiz questão de virar essa plaquinha da foto especialmente pra
você e dizer o que eu queria...”, complementou.
Confira
a íntegra a nota de Kézia Adjane, após o desfile:
“Tô cansada, com sono, mas não poderia deixar de postar isso. O desfile de 14 de abril foi incrível, amei representar a violência contra a mulher. Mas não vou mentir que alguns comentários que ouvi durante o desfile me deixaram com nojo; "mulher é pra apanhar mesmo"," sai daí viado", "vem se omitir aqui em casa"...se você que disse algo assim está lendo isso...qual teu problema? Não vou responder aqui pois já disse o que eu tinha para dizer no desfile mesmo, fiz questão de virar essa plaquinha da foto especialmente pra você e dizer o que eu queria. Só espero que esse seu pensamento um dia mude, tenho muito dó de você, mesmo! O que mais eu poderia sentir por uma pessoa que precisa tentar (só tentar mesmo, porque não conseguiu) humilhar uma mulher para "reforçar sua masculinidade”? Passar bem e muito amor pra ti”
Com
informações Blog Informações em Foco
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