Marina Silva no lançamento da campanha "Nem Dilma Nem Temer, Nova Eleição é a Solução" (Foto: Elza Fiuza) |
A
ex-senadora Marina Silva defendeu ontem (05/04) a convocação de novas eleições
presidenciais, caso se comprove que dinheiro oriundo da corrupção tenha
“alterado a vontade soberana da sociedade brasileira nas [últimas] eleições”.
Segundo Marina, se o dinheiro da corrupção foi usado “para fraudar as
eleições, que se casse a chapa Dilma-Temer”. Nesse caso, o caminho
constitucional para as novas eleições tem de ser o Tribunal Superior Eleitoral
(TSE), afirmou.
Sem
se apresentar como pré-candidata a tal pleito, Marina disse acreditar que este
caminho é mais legítimo que o do impeachment da presidenta Dilma Rousseff, caso
o processo seja aprovado via Legislativo. “Antes de falar de pré-candidatura,
temos de devolver à sociedade a possibilidade de votar. Antes disso, ninguém
pode se colocar como candidato”, afirmou a ex-ministra durante o lançamento da
campanha da Rede Sustentabilidade "Nem Dilma, Nem Temer, Nova Eleição é a
Solução".
Marina
Silva, que na eleição de 2014 concorreu à Presidência da República pelo PSB,
não cogita a saída da presidenta Dilma Rousseff do cargo, com a permanência do
vice-presidente Michel Temer. “Não existe vice-presidente sem que se tenha
eleito um presidente. Se a eleição foi com dinheiro da corrupção, a chapa
inteira está comprometida”, afirmou.
Segundo
a ex-ministra, não se pode fazer "absolutamente nada" em desacordo
com a Constituição. "O que ela [Constituição] assegura é que podemos ter a
[possibilidade de] renúncia, o que cumpre com a formalidade, mas não tem a
razoabilidade, porque a nossa presidenta parece não entender a magnitude da
crise. O processo do impeachment cumpre com a formalidade, mas não alcança a
finalidade porque, depois dela, teremos o vice-presidente que, junto com a
presidenta, é responsável pela crise que estamos vivendo na política e no caso
da Petrobras."
Para
Marina, a melhor via é o TSE, porque, se forem comprovadas as denúncias
mostradas pela Lava Jato, o tribunal poderá promover a cassação. "Aí, sim,
teremos a formalidade e a finalidade, que é devolver aos 200 milhões de
brasileiros a possibilidade de repensar os caminhos da nação”, concluiu.
Com
informações Agência Brasil
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