Maior
força de oposição ao governo Dilma Rousseff, o PSDB segue dividido sobre sua
participação em eventual governo do vice-presidente Michel Temer (PMDB).
Com primeira reunião da comissão do impeachment do Senado marcada para hoje (26/04), o racha tucano
é má notícia para o vice, que corre contra o tempo para montar equipe que
sinalize estabilidade para um País dividido.
Nos
últimos dias, membros da cúpula do PSDB anunciaram que irão propor punição a
integrantes do partido que aceitarem integrar o governo do peemedebista. A tese
é defendida pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e pelo presidente da
sigla, Cássio Cunha Lima (PB). O partido deve fechar questão sobre o tema em
reunião na próxima terça-feira (03/05).
Para
críticos à adesão, a sigla deve garantir apoio a Temer no Congresso, mas
abdicar de indicar ministros. Secretário-geral do PSDB, o deputado Silvio
Torres (SP) defende que tucanos que queiram assumir cargo se licenciem da sigla
e não disputem eleição em 2018. Para o deputado, adesão teria “conflito de
interesses” e desequilibraria a corrida eleitoral.
Ala
do senador José Serra (PSDB-SP), no entanto, classifica a proposta como “sem
sentido”. “Seria bizarro o PSDB ajudar a fazer o impeachment de Dilma e depois,
por questiúnculas e cálculos mesquinhos, lavar as mãos e fugir a suas
responsabilidades com o País”, disse Serra em sua página do Facebook. Amigo
pessoal de Michel Temer, o senador se reuniu ontem (24/04) com Temer no Palácio
do Jaburu, residência oficial da Vice-Presidência.
Atualmente,
Serra é cotado para diversas pastas de peso no governo Temer – entre elas
Fazenda, Planejamento, Educação e Saúde. “Não tenho na cabeça a história de
ministério ou não. É um assunto que vai ser posto mais adiante”.
Além
do PSDB, Michel Temer também estaria encontrando resistências para formar sua
equipe econômicoa Nos últimos dias, o vice realizou diversas reuniões para
tentar fechar nomes para o setor, mas não tem recebido confirmações dos
sondados.
No
sábado (23/04), Temer se reuniu com o ex-presidente do Banco Central, Henrique
Meirelles. No domingo ele também conversou com o líder da Federação das
Indústrias de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf.
Presidente
nacional do PSDB, o senador Aécio Neves (MG) é cauteloso ao tratar de possível
governo Temer. Em entrevista coletiva, o mineiro disse ontem que Michel Temer
tem "o direito" de convidar quem ele quiser para seu governo, mas
reiterou que qualquer designação não será feita em nome da legenda.
"Quem
monta o governo é o presidente. O nosso apoio independe de qualquer membro do
partido participar do governo", disse. Aécio destaca que a sigla definirá
conjunto de oito a dez medidas que serão entregues oficialmente à Temer como
uma agenda a ser aplicada em seu governo.
No
último fim de semana, direção do partido criou um grupo no aplicativo WhatsApp
para debater o caso.
Com
informações O Povo Online
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