Em
mais uma demonstração de machismo dentro das discussões políticas, uma revista
de alcance nacional colocou Marcela Temer como a primeira-dama ideal, por ser
"bela, recatada e do lar", além de usar vestidos no joelho e tons
claros.
Além de já ter tirado a presidenta do seu cargo, fez um texto que mais
parecia dos anos 1940, em um desserviço para a sociedade.
Em
tempos como os atuais, com uma mulher como chefe de Estado, depois de uma
primavera feminista no ano passado e a retomada dos movimentos feministas no
país, é inadmissível que um veículo de comunicação perpetue a imagem da
mulher-objeto.
É
ainda um recado à própria presidenta da República. A primeira mulher a ser
eleita e reeleita para o cargo. Uma mulher que resistiu contra a ditadura
militar, foi barbaramente torturada. E que recebe tratamento diferenciado dos
meios de comunicação e da sociedade pelo fato de ser mulher e ocupar a posição
que ocupa, subvertendo a ordem posta, o que se espera de uma mulher.
Em
nenhum momento a crítica é para Marcela Temer. Ela é totalmente voltada ao
semanário, que coloca Marcela como o padrão a ser seguido por toda mulher. Nós,
mulheres, podemos fazer a escolha que quisermos. Seja cuidar da família, seja
dirigir um país!
Machistas
não passarão!
Na
foto de 1990, Erundina, então prefeita de São Paulo, com o skatista Paulo
Anshowinhas, depois de ter revogado a decisão de Jânio Quadros de proibir o
skate.
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