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17 de março de 2016

Empresários cearenses estudam paralisação e suspensão de impostos para pressionar Governo

Beto Studart convocou uma coletiva de imprensa para apresentar as articulações da indústria contra os rumos do Governo (Foto: Julio Cesar)
A nomeação do ex-presidente Lula como ministro da Casa Civil foi considerada a gota d’água para o setor industrial. Federações das Indústrias de vários estados já articulam reações em cadeia para pressionar o Governo. Ontem (16/03), o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), Beto Studart, afirmou que dentre as medidas possíveis estão, inclusive, uma paralisação nacional ou a suspensão de pagamentos de impostos federais por tempo determinado. 

No Ceará, a reunião com os presidentes dos 39 sindicatos filiados à Fiec ocorreu tão logo a confirmação de Lula como ministro foi confirmada pela presidente Dilma. O mesmo, segundo ele, ocorreu em estados como São Paulo, Santa Catarina e Paraná. Mas a ideia é que as ações sejam feitas de forma coordenada pelas Federações de todo País. Ainda não está definida a forma com que o setor produtivo vai protestar, nem o prazo, mas uma paralisação nacional é uma possibilidade que está sendo considerada. “Pode haver uma parada nacional. Não sei quando vai ser. Fatalmente, não vai ser essa semana porque não tem organização para isso”.

Outra medida que pode ganhar força é a suspensão de pagamento de impostos em nível federal. “Eu poderia dizer, por todo o Brasil, que cada cidadão pague seu imposto estadual, municipal, mas deixe de pagar o imposto nacional. Por 30 dias. Só isso. Para eles (o Governo) aprenderem o valor desse dinheiro”, afirmou Beto, ressaltando que já foi procurado também por outras categorias, como a dos médicos.

Questionado se as medidas seriam para pressionar a saída de Lula do Governo ou o impeachment de Dilma, Beto diz que o ideal para o Brasil seria a renúncia da presidente. “Eu acho que, nessa altura, a renúncia seria algo fantástico, um ato de patriotismo (de Dilma)”.

Ontem, na reunião da Fiec, o clima entre os empresários era de indignação. O presidente do Sindienergia, Elias Carmo, diz que a crise política, econômica e ética que o País está imobilizando o setor produtivo.

A opinião é compartilhada pelo empresário do setor agropecuário Carlos Prado, para quem a nomeação do Lula só vai contribuir para o descrédito do Brasil em relação ao resto do mundo e para instabilidade do mercado financeiro. “Para nós é um desastre total, colocar nesta função um ex-presidente que até pouco tempo estava arriscado ir para uma prisão para dirigir o País, porque, na prática, é isso que está se observando. A situação se agrava cada vez mais”.

O presidente do Sinditextil, Germano Maia, afirmou que o setor está disposto a radicalizar o movimento se for necessário. “O prejuízo maior que a gente está tendo é este governo que está aí. E se não mudar o Governo o prejuízo que vamos ter é fechar todas as fábricas”.


Com informações O Povo Online

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