A
Câmara Federal vai voltar do recesso em fevereiro com composição diferente da
que iniciou o mandato no ano passado. No total, 38 deputados trocaram de sigla
e vários partidos contam com número de bancada distinto.
Entre eles,
destacam-se o PT e o Pros, que perderam quatro deputados cada. Ao todo, no
entanto, o Partido dos Trabalhadores conta com 10 deputados a menos, deixando
de ter a maior bancada da Casa, que, agora, é título do PMDB.
A
diminuição dos representantes petistas na Câmara é explicada pela saída de
quatro deputados para outras siglas e pelo licenciamento de outros seis para
assumirem cargos em secretarias e ministérios. Como a legenda é aliada a muitas
outras, os suplentes que assumiram no lugar destes, na maioria das vezes, são
de outros partidos.
A
diminuição da sigla, no entanto, não é preocupação nem do líder do Governo na
Casa, José Guimarães (PT), nem do líder do PT na Câmara, Sibá Machado (PT-AC).
Guimarães chega a argumentar que o partido vem crescendo em número de filiados,
apesar da crise. Além disso, diz que é na instabilidade política que acontecem
“essas depurações”.
O
deputado federal cearense afirmou, ainda, que lamenta apenas a saída de um
deputado, a do carioca Alessandro Molon, que hoje compõe bancada da Rede
Sustentabilidade. Os outros, segundo ele, já estavam votando contra a sigla
petista. O mesmo disse Machado, que afirmou que migrações não surpreenderam nem
têm como motivo crise política e escândalos de corrupção, mas interesses
políticos.
Segundo
o líder, o partido não está preocupado com as perdas e não acredita em novas
saídas em 2016. Com as mudanças, o PT passa a ter 59 deputados na bancada
federal, enquanto o PMDB ostenta 67 representações.
Já
o Pros, que perdeu quatro parlamentares na Casa, teria motivo para se
preocupar. Ao menos foi o que afirmou o deputado federal Leônidas Cristino
(Pros), que está apenas à espera de aprovação de janela partidária.
De
acordo com ele, os três deputados cearenses que hoje compõe o Pros na Câmara já
estão de malas prontas para o PDT. Além dele, os outros são Ariosto Holanda e
Vicente Arruda, além de Balman, atualmente licenciado, mas ainda filiado à
sigla.
Enquanto
as mudanças foram negativas para algumas siglas, outras, principalmente as mais
novas, comemoram. É o caso das recém-criadas Rede e PMB, que, juntos, têm
bancada de 26 deputados.
Movimento
para criação de novo partido, o Raiz, pode intensificar ainda mais mudanças na
Casa. O novato ainda colhe assinaturas.
Com
informações O Povo Online
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