Camilo
Santana assinando o Termo de Posse no cargo de governador do Ceará no dia 1º de janeiro de 2015 (Foto: Tatiana Fortes)
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Sem
grandes obras nem programas, mas com clara mudança no estilo de governar. Em
síntese, a avaliação dos candidatos derrotados na eleição de 2014 e de
ex-governadores do Estado sobre o primeiro ano do governo de Camilo Santana
(PT) definiu a gestão Camilo como de “manutenção”.
Opositores,
os três ex-candidatos aproximaram-se nas respostas. Tanto Ailton Lopes (Psol)
como Eliane Novais (PMDB) e o senador Eunício Oliveira (PMDB), que chegou ao
segundo turno da disputa com Camilo, afirmaram que não repetiriam nenhuma ação
empregada pelo governador neste ano.
Como
ponto negativo, a área de saúde foi destacada, apesar de segurança e educação,
além de ações de combate à seca, também terem sido citadas pelos três. De
positivo, a personalidade “mais aberta ao diálogo” de Camilo.
O pensamento dos candidatos derrotados no último pleito sobre o que aconteceu
nos primeiros 365 dias de Camilo no cargo que todos cobiçaram estar ocupando em
meio a uma das disputas mais duras da história política do Estado, inclusive
com a necessidade de um segundo turno para definir o vencedor. Camilo, que
seria o vencedor, e Eunício Oliveira protagonizaram uma acirrada briga que
levou o quadro indefinido até o último momento, com as pesquisas indicando
vantagem do petista, mas dentro de uma margem de erro que não permitia dar sua
vitória como antecipadamente certa.
Já
a visão dos que já estiveram no lugar de Camilo é de compreensão do momento
difícil e identificação com algumas situações vividas pelo governador do Ceará.
Dos cinco ex-governadores do Estado ainda vivos, apenas os aliados de Camilo,
Cid e Ciro Gomes (ambos no PDT), não se pronunciaram.
Gonzaga
Mota destacou o momento de seca, situação parecida com a enfrentada por ele no
mandato de 1983 a 1987.
Para
ele, o petista “tem se esforçado muito e atuado de forma bastante satisfatória,
num ano que seria difícil para qualquer um”. A avaliação é parecida com a do
senador da oposição Tasso Jereissati (PSDB), que afirmou “entender” não ter
sido possível “resolver alguns problemas”.
Tasso
destacou o cenário nacional, com crise econômica que afetou arrecadação e
repasses federais. Segundo ele, Camilo “apresentou bom senso e tranquilidade”
para enfrentar a instabilidade. O mais crítico foi o presidente do PR no Ceará,
Lúcio Alcântara, que criticou o que chamou de “lealdade política” de Camilo com
o antecessor Cid Gomes (PDT).
Para
ele, a situação difícil foi causada mais pela situação em que Cid entregou o
governo à Camilo do que pela crise econômica. “O primeiro ano é um ano sem
realizações, sem obras, sem nenhum programa novo e relevante. E não tenho uma
perspectiva otimista para os próximos anos”, afirmou Lúcio.
Com
informações O Povo Online
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