Depois
de ameaçar retomar votos em cédulas de papel, o Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) informou ontem (10/12) que o uso de urnas eletrônicas nas eleições
municipais de 2016 está garantido.
Segundo
o TSE, os Ministérios do Planejamento e da Fazenda já enviaram ao
Congresso relatório com reestimativas de receitas e despesas que garantem
recursos para a eleição eletrônica, diminuindo o contingenciamento previsto
para o orçamento da Justiça Eleitoral.
O
governo conseguiu rever o tamanho do bloqueio de recursos do Judiciário porque,
em 2 de dezembro, o Congresso Nacional aprovou projeto que reduziu a meta
fiscal deste ano. Na ocasião, deputados e senadores autorizaram o governo
federal a encerrar 2015 com um déficit recorde de R$ 119,9 bilhões. O Executivo
dependia da revisão da meta para não descumprir a Lei de Responsabilidade
Fiscal. Com a revisão, o corte passou de R$ 428,7 milhões para R$ 161 milhões.
Por
causa das eleições, a Justiça tem gastos extras como compra de novas urnas,
instalação de programas eletrônicos, segurança dos equipamentos, entre outras
medidas para garantir a inviolabilidade do sistema. O TSE apontou, por exemplo,
que já estava em andamento processo de aquisição de urnas eletrônicas, com
processo licitatório prevendo despesa em R$ 200 milhões.
Para
pressionar por mais recursos para o caixa da justiça eleitoral, os presidentes
de tribunais superiores chegaram a assinar uma portaria publicada no Diário
Oficial da União afirmando que “o contingenciamento imposto à Justiça Eleitoral
inviabiliza as eleições de 2016 por meio eletrônico”. Assim, voltaria-se ao
método das células de papel. O bloqueio atingiria os orçamentos do Supremo
Tribunal Federal (STF), do Superior Tribunal de Justiça (STJ), da Justiça
Federal, da Justiça Militar da União, da Justiça Eleitoral, da Justiça do
Trabalho, da Justiça do Distrito Federal e Territórios e do Conselho Nacional
de Justiça (CNJ).
A Portaria Conjunta número 3, foi assinada
pelos presidentes do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandosvki; do Tribunal
Superior Eleitoral, Dias Toffoli; do Tribunal Superior do Trabalho, Antonio José
de Barros Levenhagen; do Superior Tribunal Militar, William de Oliveira Barros;
do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, Getúlio de Moraes
Olveira; e pela presidenta em exercício do Superior Tribunal de Justiça,
Laurita Vaz.
Com
informações O Povo Online
Nenhum comentário:
Postar um comentário
A Administração do Blog de Altaneira recomenda:
Leia a postagem antes de comentar;
É livre a manifestação do pensamento desde que não abuse ou desvirtuem os objetivos do Blog.