Uma
das queixas mais comuns após a derrocada do Orkut e crescimento do Facebook na
internet brasileira foi o fim das comunidades, grupos temáticos centrados em
temas específicos. Na rede social desativada em setembro de 2014, milhões de
usuários anunciavam seu ódio matutino na Odeio Acordar de Manhã e milhares
buscavam fazer download pirata de música no Discografias.
Já
o Facebook, com alguns anos de atraso, vem se reinventando como fórum em
megagrupos de mais de 10 mil usuários.
Em
Fortaleza, um dos maiores sucessos surgiu por acaso. Hoje com mais de 21 mil
integrantes, o grupo fechado Alguém Conhece Alguém Que... (ACAQ) foi criado
como ferramenta para facilitar a busca por produtos publicitários. Um ano
depois, o grupo virou um faz-tudo digital, com usuários tirando dúvidas e
buscando ajuda de outros integrantes do grupo.
Para o criador do ACAQ, o
publicitário Jefferson Cavalcante, tudo foi uma grande surpresa. “Jamais pensei
que daríamos entrevista sobre isso. Não achei a cura do câncer, só criei um
grupo no Facebook”, brinca.
Com
cerca de 11 mil integrantes e um grau mais acalorado de discussões, o Direitos
Urbanos/Fortaleza (DU) foi criado por arquitetos e urbanistas cearenses no
molde de outros grupos de debate sobre direito à cidade. Hoje, reúne
profissionais de todas as áreas e convicções políticas, com embates ideológicos
constantes.
Para
o arquiteto Abner Augusto, administrador do grupo ao lado dos colegas José
Otávio e Elton Sales, o principal papel da moderação é manter o foco do DU.
Segundo ele, as regras são essenciais para a convivência, com a moderação se
inserindo para apagar propagandas, posts repetidos e manter o fluxo das
discussões.
Em
Altaneira já tem grupo com mais de 4.000 membros, mas os debates não são tão
acalorados, os grupos são usados basicamente para postagens de notícias dos
diversos blogs da cidade e da região.
Com
informações O Povo Online
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