O
vice-presidente da República, Michel Temer, enviou carta à presidenta Dilma
Rousseff em que aponta “fatos reveladores” da desconfiança que o governo possui
em relação a ele e ao PMDB.
No
documento, entregue no fim da tarde no Palácio do Planalto, Temer não propôs
rompimento entre partidos ou com o governo, de acordo com a assessoria da
Vice-Presidência “Ele rememorou fatos ocorridos nestes últimos cinco anos, mas
somente sob a ótica do debate da confiança que deve permear a relação entre
agentes públicos responsáveis pelo país”.
Por
meio do Twitter, a assessoria de Temer informou que a carta foi enviada em
“caráter pessoal” a Dilma, e que o vice-presidente se surpreendeu com a
divulgação do texto, “em face da confidencialidade”. Ainda segundo os
assessores, o vice exortou à reunificação do país, “como já o tem feito em
pronunciamentos anteriores”.
Pela
manhã, Dilma disse não ver motivos para desconfiar de Temer, “um milímetro”. O
encontro entre os dois, previsto por ela, não deve mais ocorrer hoje. Temer
desembarcou em Brasília pouco antes das 21h, após passar o fim de semana em São
Paulo, e está reunido no Palácio do Jaburu com lideranças do PMDB como o Moreira Franco, presidente da Fundação Ulysses Guimarães
(FUG), entidade acadêmica ligada ao partido.
Até fechamento desta postagem, a secretaria de imprensa da Presidência não havia confirmado o recebimento
da carta pelo gabinete de Dilma. Ainda de acordo com a assessoria da
Vice-Presidência, Temer manterá “a discussão pessoal privada no campo privado”.
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