Ministro
do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello classificou de
“inimaginável” que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tenha
deflagrado o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff após
deputados do PT decidirem votar pelo prosseguimento do processo de cassação do
mandato do peemedebista.
“Não
se pode atuar dessa forma. A atuação deve ser independente”, afirmou o
ministro.
Marco
Aurélio, que já defendeu a renúncia de Cunha do comando da Câmara por causa das
investigações do esquema de corrupção da Petrobras, no entanto, minimizou a
influência de Cunha no processo.
O
ministro afirmou que Cunha apenas aceitou a tramitação do pedido de impeachment
num gesto protocolar. “Ele não toca (o processo). Quem tocará o processo será o
colegiado. Não há esse poder do presidente da Casa receber ou não receber a
notícia da prática que leva ao impeachment”, disse.
“O
presidente personifica em termos o colegiado. Acima do presidente está o
colegiado”, completou.
Após
a sessão, os ministros do STF evitaram falar sobre a decisão de Cunha. Nos
bastidores, alguns ministros se declararam surpresos. Outros minimizaram o fato
de Cunha ser implicado na Lava Jato e aceitar o pedido de impeachment.
Com
informações O Povo Online
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