Presidente Dilma Rousseff durante pronunciamento à imprensa no Palácio do Planalto (Foto: Roberto Stuckert Filho) |
Ao
se manifestar sobre a aceitação do pedido de impedimento anunciado hoje pelo
presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a presidenta Dilma Rousseff
disse há pouco, em pronunciamento no Palácio do Planalto, que recebeu a notícia
com indignação, relembrando que seu mandato é exercido com base em escolha
democrática pelo povo.
Segundo
a presidenta, são “inconsequentes e inconsistentes” as ações contra ela. “Não
paira contra mim nenhuma suspeita de desvio de dinheiro público. Não possuo
conta no exterior. Nunca coagi e nem tentei coagir instituições em busca de
satisfazer os meus interesses”, afirmou.
Ela
rechaçou a possibilidade levantada pela imprensa de que poderia haver uma
negociação por votos de membros da base governista no Conselho de Ética da
Câmara dos Deputados, em favor da abertura de processo de cassação do presidente
da Câmara, em troca do arquivamento dos pedidos de impeachment. "Eu jamais
aceitaria ou concordaria com quaisquer tipos de barganha, muito menos aquelas
que atentam contra o livre funcionamento das instituições democráticas do meu
país, bloqueiam a Justiça ou ofendam os princípios morais e éticos que devem
governar a vida pública."
Em
um discurso breve no Palácio do Planalto, na presença de vários ministros,
Dilma pediu tranquilidade e confiança nas instituições públicas. “Não
podemos deixar as conveniências e os interesses indefensáveis abalarem a
democracia e a estabilidade de nosso país. Devemos ter tranquilidade e confiar
nas nossas instituições e no Estado Democrático de Direito”.
Por
volta das 20h30min, acompanhada de 11 ministros de seu governo, a presidenta
entrou no Salão Leste do Palácio do Planalto, onde os jornalistas a aguardavam.
Os ministros permaneceram ao lado de Dilma e não fizeram pronunciamento.
Estavam com ela Jaques Wagner, da Casa Civil; Ricardo Berzoini, da Secretaria
de Governo; José Eduardo Cardozo, da Justiça; Gilberto Kassab, das Cidades;
Gilberto Occhi, da Integração Nacional; Aldo Rebelo, da Defesa; Armando
Monteiro Neto, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; Henrique
Eduardo Alves, do Turismo; André Figueiredo, das Comunicações; Celso Pansera,
da Ciência, Tecnologia e Inovação; além do Advogado-Geral da União, Luís Inácio
Adams.
Com
informações Agência Brasil
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