As manifestações nas ruas e as decisões do STF marcaram a semana (Fotos divulgação) |
Começou
domingo, com o fiasco das manifestações com que contava criar um clima de
convulsão nacional. E
terminou ontem – se é que a trinca Moro-Cunha-Veja não produzirá fato ou
factóide novo – com a derrubada, no STF, das pretensões da oposição de que
prevalecessem as tropelias do presidente da Câmara para a apreciação do pedido
de impeachment na Casa e que ali já se decidisse, como fato consumado, o
afastamento de Dilma Rousseff, ficando o Senado em posição meramente
homologatória.
Foi
a semana em que a direita viu que o golpe não será tão fácil, em que pese a
desarticulação das forças de esquerda em se fazerem articular e as do governo
em se fazer expressar perante a sociedade.
E
Eduardo Cunha segue sendo o estigma na testa do golpismo, que desmonta com sua
imundície, os pretextos moralistas que pretendem ostentar em seu ataque ao voto
e à democracia.
Em
meio a isso, porém, não pode ficar em segundo plano o enfrentamento dos
problemas econômicos que, muito mais que as artimanhas políticas, impedem que o
golpismo seja escorraçado das ruas.
Nem
tenho dedicado muito tempo a analisar a situação do Ministro da Fazenda,
Joaquim Levy.
Aliás,
ninguém perde.
Porque
todos sabem que precisa acabar a temporada de travamento da economia
brasileira, que entrou em uma situação de impasse: nem mesmo suas próprias
medidas puderam ser adotadas porque a profunda recessão criou – claro que com a
ajuda do Estado Islâmico de Curitiba – um ambiente político que as inviabilizou
por muito tempo.
Levy
não caiu por causa do ajuste fiscal, caiu por falta dele e para entender isso
não é preciso senão examinar as contas públicas e ver que, muito pior do que
qualquer gasto foram as quedas de receita provocadas pelo "apagão" de
confiança sofrido por nossa economia.
Nunca
é demais repetir o óbvio, nestes tempos em que se fala tanto de "pedaladas":
a economia é uma bicicleta, que se equilibra em movimento. Parada, cai.
Publicado
originalmente no Blog
Tijolaço
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