Michel Temer por ocasião do seu discurso no Congresso da Fundação Ulysses Guimarães (Foto: divulgação) |
Durante
seu discurso ontem (17/11) no Congresso da Fundação Ulysses Guimarães, o
vice-presidente da República e presidente nacional do PMDB, Michel Temer, foi
interrompido por militantes que gritaram "impeachment” e “Temer
presidente”.
Ele
respondeu aos correligionários que, “por enquanto, não”. “Vamos esperar. Em
2018, vamos lançar um candidato [à Presidência da República]. Temos grandes
nomes no PMDB, não eu. Estou encerrando minha vida pública”.
Temer
disse que o Programa Uma Ponte para o Futuro, documento com propostas para
tirar o Brasil da crise, divulgado em outubro e que está sendo discutido no
encontro, não é eleitoral. “Esse programa pode ser uma contribuição para o
governo a que eu pertenço para retomar o crescimento, a estabilidade”.
Segundo
o vice-presidente, para sair da crise econômica, as mudanças devem ser
estruturais e “não apenas cosméticas”. “Devemos
escolher nossas prioridades. Temos que equilibrar nossas contas públicas e
realizar adequações nos gastos para permitir o controle da inflação, a queda
dos juros e a retomada da capacidade de investimento o mais rápido possível.
Temos que ter coragem de não fugirmos dessa luta, de não encolhermos diante de
qualquer demagogia fácil. A sociedade brasileira exige ousadia e demanda um
Estado moderno, ágil e eficaz”.
Na
chegada ao encontro, o vice-presidente foi recebido aos gritos de “Brasil pra
frente, Temer presidente!”.
O
presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), afirmou que “o Brasil vive um
momento complicado e o PMDB está fazendo a sua parte, está apresentando à nação
um programa. Mesmo que não haja convergência sobre todos os pontos do programa,
o PMDB está, sim, fazendo a sua parte.”
O
presidente da Câmara, Eduardo Cunha (SP), também esteve presente e defendeu o
rompimento do PMDB com o governo.
“Ninguém
mais tem dúvida que o PMDB tem que buscar seu caminho próprio. Time que não
joga, não tem torcida. Isso acabou. E haverá discussão se o PMDB tem ou não tem
que ficar atrelado ao projeto que aí está. Nós não temos compromisso com aquilo
que está sendo colocado, porque não participamos da sua formação. Sem que nossa
voz possa ser ouvida, o PMDB tem que buscar seu caminho. E essa voz não pode
ser abafada por meia dúzia de carguinhos para poder calar aqueles que não têm
compromisso com o partido”, afirmou Cunha.
Com
informações Agência Brasil
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