O
que muda com a redução pela metade do tempo de campanha eleitoral? Para líderes
políticos e especialista ouvidos pelo jornal O POVO, a mudança beneficia
candidatos mais conhecidos e dificulta a renovação de quadros.
“Lançar
um nome conhecido será um critério de primeira ordem nos partidos”, acredita
Ricardo Alcântara, marqueteiro com 30 anos de experiência em campanhas
eleitorais, hoje filiado à Rede Sustentabilidade. Sancionada no mês passado, a
mudança, que faz parte da minirreforma política, foi divulgada em calendário
pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Os
presidentes dos principais partidos no Ceará tem posicionamentos conflitantes.
André
Figueiredo, ministro das Comunicações e presidente estadual do Partido Democrático
Trabalhista (PDT), reconhece a vantagem dos mais conhecidos, principalmente os
que têm “serviços prestados à população”.
O
senador Eunício Oliveira presidente do Partido do Movimento Democrático
Brasileiros defende que “ninguém leva vantagem ou desvantagem”. Para ele, a
mudança tem impactos puramente econômicos, para a diminuição de custos.
O
presidente do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) Luiz Pontes considera
diminuição do tempo “um absurdo”. O tucano acredita que “quem não é conhecido
perde” e desconfia até da diminuição de gastos.
Já
Diassis Diniz, presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) no Ceará, enxerga
os dois impactos, financeiro e político.
O
marqueteiro Ricardo Alcântara avalia que menos tempo de campanha eleitoral
significa, além da possibilidade de haver sempre os mesmos nomes concorrendo às
eleições, menos chances de reversão no pleito. “As campanhas tendem a terminar
parecidas com a forma como começaram. Se isso acontecer, para quê precisa de
campanha?”, questiona.
Com
informações O Povo Online
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