A
Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Altaneira de ontem (13/11) iniciou com dois
projetos de lei e dois requerimentos na pauta da ordem do Dia. Nas duas últimas
sessões se somam dez matérias na pauta do dia, uma média que chega a lembrar
dos bons tempos do legislativo altaneirense.
O
primeiro projeto de lei a ser analisado, de autoria da vereadora Zuleide
Ferreira (PSDB), tratava a ampliação definitiva da carga horária dos
professores municipais sem a necessidade de prestar concurso público.
O vereador
Deza Soares (Solidariedade) levantou a inconstitucionalidade do projeto, mas a
vereadora tucana afirmou ter redigido o projeto com auxílio da assessoria
jurídica da casa e que manteria o projeto. Deza sustentou ainda que seria
irresponsabilidade criar uma lei para ampliar de forma definitiva professores
da rede municipal, as vésperas do resultado do concurso público e da respectiva
nomeação dos aprovados.
O
Relator, vereador Professor Adeilton (PP) sustentou que a Câmara não decide inconstitucionalidade,
uma vez que é dever do judiciário.
Seria
cômico se não fosse tão sério, pois cabe ao Relator emitir o Parecer de
Admissibilidade de todos os projetos que entra Casa, nesse parecer ele
primeiramente analisa a constitucionalidade do Projeto, só depois disso é que o
projeto está apto tramitar.
É
profundamente lamentável que testemunhamos, mas uma vez tamanho desrespeito ao
Regimento Interno e a Constituição Federal, Estadual e a Lei Orgânica
Municipal.
Após
cerca de uma hora de discursão o projeto foi aprovado por maioria.
Antes
de anunciar a discursão do segundo projeto de lei a presidente da Casa,
vereadora Lélia de Oliveira (PCdoB), anunciou que um representante da empresa
Falcão Vigilância iria fazer uso da Tribuna, em atendimento ao requerimento do vereador
Genival Ponciano (PTB).
O
vereador Deza Soares requereu a presidente que se abstivesse de ceder o espaço,
pois já havia sido iniciada a Ordem do Dia e esses pronunciamentos deveriam
ocorrer no Expediente, conforme estabelece o Regimento Interno da Casa.
O
líder do Bloco da Maioria reforçou o pleito, mas a presidente manteve sua
decisão e desrespeitando, mais uma vez, o Regimento Interno concedeu a palavra ao representante
da empresa que justificou ações na cidade. O vereador Genival Ponciano disse que estava satisfeito com as explicações em Plenário.
Retomando
a Ordem do Dia foi colocado em discussão o projeto de lei de autoria do Poder
Executivo propondo a criação da Escola Municipal de Ensino Fundamental Joaquim
Soares da Silva. Após longo debate o projeto foi aprovado com uma emenda alterando o nome da unidade
escolar para “Escola Francisca Pio de Oliveira”.
O
Relator da Comissão Permanente invocou dispositivo regimental dizendo que a
Câmara é que deve nomear prédios e ruas e não o Executivo. Nunca é demais
alertar ao parlamentar para que estude com mais atenção antes de invocar o Regimento
em plenário, pois, Escola não é prédio, é instituição.
Os
dois requerimentos da Ordem do Dia foram de autoria do vereador Antonio Leite
(PRB) o primeiro solicitava ao Chefe do Poder Executivo o cadastramento dos pequenos
agricultores do Município e procede a limpeza de pequenos barreiros para a
captação de água das chuvas, e o segundo solicitava da empresa Masterlimp responsável
pela coleta do lixo urbanos que proceda ao loneamento das caçambas saída da
cidade até o lixão. Ambos foram aprovados por unanimidade.
Além
dos respeitos, já costumeiros ao Regimento Interno, praticados pelos parlamentares percebe-se
facilmente que o vereador Professor Adeilton está com dificuldade de entender
quais são as atribuições no Legislativo.
A imagem que ilustra a postagem hoje (14/11) foi a única que encontrei na Sessão de ontem (13/11)
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